Opinião

As pesquisas e suas diferentes leituras


Com as publicações das primeiras pesquisas sobre a disputa para prefeito, registradas pelos jornais locais, os eleitores começam a ter parâmetros diferenciados sobre a corrida ao Bom Clima. Para os partidos, geralmente, não há novidades, já que eles contratam institutos de pesquisa para saber como está o jogo, para melhor preparar suas campanhas, aumentando o foco em determinadas regiões, acelerando ações em relação a um tipo de público etc. Porém, esses levantamentos dificilmente vêm a público. São utilizados internamente como ferramentas de trabalho.


Ao ir para as ruas, por meio dos jornais, as pesquisas registradas apresentam diferentes cenários. E acabam sendo utilizadas pelos candidatos de formas bem diferentes, sempre com o objetivo de mostrar ao eleitorado que suas chances são boas. A candidatura do prefeito Sebastião Almeida (PT), por exemplo, comemora a liderança, com certa vantagem para o segundo e terceiro colocados, conforme números divulgados pelo Guarulhos HOJE (ele tem 35% das intenções de voto, seguido de 17% de Carlos Roberto – PSDB – e 15% de Alan Neto – DEM). Por outro lado, os mesmos números serverm para demonstrar grande possibilidade de ocorrer um segundo turno contra um dos nomes da oposição, já que a soma de todos aqueles que hoje votariam em outros nomes supera em quase 20 pontos os números do prefeito.


Desta forma, entre os candidatos de Oposição, a exemplo do que ocorreu em 2008, deve crescer a disputa para se habilitar ao segundo turno. Naquela ocasião, Carlos Roberto – que passou para disputar com Almeida – tinha menos de 10% das intenções de voto nas pesquisas realizadas no mês de agosto. Aparecia bem atrás de outros nomes, como do ex-prefeito Jovino Cândido (PV), hoje em quarto lugar, com 10%. Ele só conseguiu avançar nos dias mais próximos das eleições, quando sua campanha foi para as ruas de forma mais efetiva.


Assim, fica evidente que – pelos números apresentados até aqui – o jogo está aberto. Tanto Almeida pode vir a crescer nestes 53 dias que restam de campanha e vencer no primeiro turno, como também o segundo ou terceiro colocado podem se consolidar e avançar com mais chances de obter uma vitória já em 7 de outubro. Ou seja, basta que cada um, a partir dos números apresentados, saiba trabalhar melhor junto ao eleitorado.

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