Após registrar queda em março, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado pelo BC nesta sexta-feira, 19, registrou baixa de 0,84% em abril ante março, com ajuste sazonal. O dado de março foi revisto para uma queda de 1,51%, também na margem com ajuste, ante leitura original de baixa de 1,07%.
O indicador passou de 143,87 pontos (dado revisado) em março na série dessazonalizada para 142,66 pontos em abril. Na série observada, é possível identificar uma queda de 1,30% nos 12 meses encerrados em abril. Nos primeiros quatro meses deste ano, a baixa acumulada já está em 2,23%.
A queda do IBC-Br em abril foi pior do que a mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (-0,50%), mas dentro do intervalo de queda de 1,00% à estabilidade. Na comparação entre os meses de abril de 2015 e 2014, houve retração de 3,13% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, abril encerrou com o IBC-Br em 142,79 pontos, ante 149,80 pontos de março.
O indicador de abril de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou um resultado um pouco pior do que o apontado pela mediana (-2,60%), e perto do teto das previsões (-1,84% a -3,40%) dos 29 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.
Trimestre
No trimestre de fevereiro a abril deste ano, o IBC-Br recuou 1,01% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, pela série ajustada do BC. Na comparação com idênticos três meses de 2014, o resultado foi de uma queda de 2,15% na série observada.
A instituição revisou também dados do Índice de Atividade Econômica na margem na série com ajuste. Em março, a variação deixou de ser de -1,07% e passou para -1,51%. Em fevereiro, a taxa de 0,59% foi substituída pela de 0,70%. Em janeiro, a taxa de -0,30% foi revisada para -0,16%.
Em dezembro do ano passado, o resultado de um recuo de 0,77% foi substituído por uma queda de 0,97%. Em novembro, o dado de queda de 0,10% passou a ser de um recuo de 0,17%. Em outubro, mudou de uma queda de 0,39% para uma baixa de 0,41%. Em setembro, a elevação de 0,59% deu lugar a uma alta de 0,68%. Em agosto, o avanço de 0,34% foi alterado para alta de 0,07%. A taxa de julho foi modificada de alta de 1,00% para também alta, de 1,25%.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março, o BC destacou que, em função da migração das contas nacionais brasileiras para o Sistema de Contas Nacionais 2010 (SCN 2010) feita pelo IBGE, o IBC-Br “deverá experimentar revisões na série histórica ao longo dos próximos meses”. Isso porque o BC passará a refletir a incorporação das mudanças metodológicas e as novas informações disponibilizadas pelo Instituto.