Estadão

Através da Softys, chilena CMPC adquire brasileira Carta Fabril por R$ 1,138 bi

A chilena CMPC, dona da Softys Brasil, anunciou na noite de ontem a aquisição da totalidade das ações da fabricante brasileira de papel Carta Fabril por R$ 1,138 bilhão, valor que será pago em dinheiro no fechamento da transação. Com a aquisição, a Sotfys chegará a uma capacidade de produção anual de 380 mil toneladas de papel tissue (sanitário) no País, somadas suas fábricas atuais e as da Carta.

Sediada no Estado do Rio de Janeiro, a Carta Fabril pertence à família Coutinho, e foi fundada em 1991. Atualmente, tem duas unidades de produção, no Rio e em Goiás, com cerca de 1.700 funcionários. A capacidade instalada do parque fabril da empresa é de 100 mil toneladas anuais de papel tissue, e de nove linhas de cuidados pessoais, que incluem fraldas infantis e adultas, produtos de cuidado feminino e lenços umedecidos.

O portfólio de marcas da Carta Fabril inclui a linha Cotton, com papel higiênico e lenços úmidos, as linhas de fraldas descartáveis infantis Looping e Looney Tunes e os guardanapos e toalhas de papel Coquetel. Em comunicado à Comisión para el Mercado Financiero chilena (equivalente à CVM brasileira), a CMPC informa que a Carta é líder na venda de tissue na região Sudeste.

"Caso a transação seja consumada, a Sotfys Brasil consolidaria uma capacidade instalada de produção de 380 mil toneladas anuais de papel tissue, ao somar <i>(às da Carta)</i> suas operações atualmente existentes, localizadas tanto no Estado de São Paulo quanto no Estado do Paraná", informa a empresa. No País, a Sotfys é dona das marcas Elite, Sublime e Babysec, entre outras.

A CMPC informa ainda que o fechamento da aquisição está sujeito ao cumprimento de condições precedentes habituais a esse tipo de transação, como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A companhia espera que a operação seja concluída em até 150 dias, e afirma que sua "sólida posição financeira" permite pagar o valor acordado aos atuais controladores da Carta Fabril. Ainda de acordo com a CMPC, a aquisição terá efeitos positivos em seus resultados, mas ainda não é possível quantificá-los.

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