Economia

Aumento na venda de importados anima concessionárias

Número de financiamentos de modelos importados cresceu cerca de 15%, no comparativo com 2009

As revendedoras que trabalham com carros importados em  Guarulhos estão satisfeitas com os resultados das vendas em 2010. Supervisor de vendas da concessionária Honda André Ribeiro, Caio Conde Medina, afirma que o número de financiamentos de modelos importados cresceu cerca de 15%, no comparativo com 2009, quando a loja registrou cerca de 30% das vendas financiadas.

Em 2009, a loja da marca japonesa vendia em média 90 modelos importados. Em 2010, saltou para cerca de 140 carros. Ele atribui o aumento à estabilidade da moeda e as condições de financiamento. "Sem dúvidas 2010 foi um ano muito bom para nós. Em todo o grupo (que reúne 26 concessionárias) o aumento da venda de importados foi de cerca de 40%", considerou Medina.

Na Vigoritto, concessionária Chevrolet em Guarulhos, o carro-chefe entre os importados da marca é a Captiva. De acordo com o supervisor Adilton Barbosa, o crescimento nas vendas foi de cerca de 10% em relação a 2009. "Acredito que o aumento se deva também a confiabilidade da marca e a novidade que os carros importados representam", afirmou Barbosa, que espera um crescimento superior a 20% neste ano.

Mercado avançou 144,1% no país em 2010

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) no início do mês confirma a maré positiva nesse mercado. Em 2010 a venda de importados cresceu 144,1%, no comparativo com 2009. No ano passado foram emplacados 105.858 veículos, contra 43.365 no ano anterior.

Esse aumento representa também uma maior participação das empresas que atuam nesse segmento no mercado brasileiro. A participação de importadores oficiais passou de 1,44% em 2009 para 3,18% em 2010. Ao considerar somente o segmento de importados, as associadas à entidade anotaram market share (participação de mercado) de 16,11% em 2010 contra 9,8% em 2009.

O porta-voz da Abeiva, Koichiro Matsuo, atribui esse aumento a uma série de fatores. Um dos principais foi a estabilidade do dólar em 2010, que ficou na casa de R$ 1,70 ao longo do ano passado. "Quando há estabilidade da moeda estrangeira, seja dólar ou euro, os fabricantes podem trabalhar melhor os preços", explicou. As facilidades no acesso ao crédito e, principalmente, a melhora do poder aquisitivo da classe C foram, segundo Matsuo, determinantes para o aumento na venda de importados.

Inserção de novos modelos contribuiu para o incremento nas vendas

Além dos fatores econômicos, o advento de novos modelos importados no mercado nacional também contribuiu para o incremento nas vendas. De acordo com o porta-voz da Abeiva, Koichiro Matsuo, somente no Salão do Automóvel, realizado entre 27 de outubro e 7 de novembro, foram apresentados 230 novos modelos, o que instigou os consumidores. "Diferente de 20 anos atrás, hoje é muito mais acessível ter um importado pelos preços mais competitivos", considerou Matsuo. "Alguns associados conseguiram vender mini-utilitários de R$ 25 mil até Ferraris, que custam entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões", acrescentou.

Além dos recordes em vendas, 2010 foi também o ano que o mercado estrangeiro mais vendeu modelos Ferrari no Brasil. Ao todo foram 64 unidades. Diante de um cenário animador como este, a Abeiva já estima ultrapassar a venda de 165 mil unidades importadas em 2011.

 

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