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AVALIAÇÃO – Toyota Corolla Cross XRX Hybrid, o SUV mais politicamente correto do país

Ernesto Zanon – Do Carro Express / Edição de imagens: Danilo Sanches

O Toyota Corolla Cross XRX Hybrid, um SUV médio que tem motor a combustão flex, e um elétrico pode ser considerado um dos carros brasileiros mais politicamente corretos do ponto de vista ambiental, já que pode usar duas fontes limpas, a eletricidade e o etanol.

Na verdade, o Corolla Cross híbrido e flex foi um dos primeiros carros com essa tecnologia oferecidos no Brasil. Mas reinou sozinho por pouco tempo. Com a chegada dos chineses da BYD e GWM, a concorrência ficou acirrada e ele começou a perder espaços.

O Corolla Cross XRX traz bastante coisa legal e pega o consumidor justamente pelo fato de ser um Toyota, que traz aquela ideia de ser um carro para a vida toda e de fácil comercialização. Mas se o motivo da compra vai ser este, saiba que você vai abrir mão de modelos maiores, que oferecem bem mais coisas por R$ 10 a R$ 20 mil a mais. Este aqui está na faixa dos R$ 210 mil. Barato não é.

Porém, você terá um SUV médio com bom espaço interno, que leva quatro ocupantes bem confortáveis e um quinto no meio mais apertado, além de porta-malas com 440 litros de capacidade. Neste modelo, há detalhes como esses bancos claros que inspiram sofisticação. A tecnologia embarcada aparece no quadro de instrumentos 100% digital, bem intuitivo e de fácil visualização. A central tem tela de 9 polegadas com espelhamento por fio para Android Auto e Apple CarPlay. Mas ainda não apresenta o tão cobiçado carregador por indução.

No painel, bastante informação sobre o consumo e funcionamento dos motores. Você sabe o tempo todo qual dos dois está sendo utilizado, permitindo ao motorista dosar melhor o pé para ter um melhor aproveitamento. Apesar de contar com um tanque de apenas 36 litros, a autonomia, mesmo com etanol, pode superar os 800 quilômetros, caso se opte por uma direção mais tranquila, sem pisar muito fundo privilegiando o modo HEV, quando o motor elétrico prevalece.

Para isso, a Toyota oferece um sistema de pontuação para o motorista dosar melhor o pé. Quanto melhor a nota, mais econômico o carro fica. Vale ressaltar que o Corolla Cross híbrido não é um primor em desempenho, que se mostra até acanhado. O motor flex, apesar de 1.8, oferece potência de apenas 103 cavalos. O elétrico contribui com mais 72. Porém, os dois combinados ficam na casa dos 123 cavalos. O câmbio CVT vai bem numa direção suave. Mas grita um pouco quando se quer forçar um pouco.
Como o motor elétrico acaba sendo priorizado na cidade, o Corolla Cross é mais econômico na cidade do que na estrada, onde o motor a combustão é usado com mais frequência.


Agora, voltando um pouco para o que o carro oferece tanto no visual como em equipamentos. Tem ar-condicionado de duas zonas, faróis de neblina em LED, sensores traseiros de estacionamento, rodas de liga leve aro 18, chave presencial e partida do motor por botão, revestimento em couro sintético nos bancos, retrovisor interno eletrocrômico e controle de cruzeiro.
Traz também sistema de pré-colisão, que atua contra carros, pedestres e ciclistas. A tecnologia usa radares e câmeras para evitar colisões ou reduzir os impactos da batida. Além disso, tem sistema de detecção de faixa com ajuste automático, farol alto automático e piloto automático adaptativo.
Uma boa notícia: a Toyota sinaliza que a próxima geração do Corolla Cross que deve chegar até o final deste ano ou no máximo ano que vem vai se livrar do freio de mão, que é no pé, e da criticada caixa da saída do escapamento, que ganhou o apelido de marmita.

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