Hélio Lima, de 31 anos, é professor de dança e coreógrafo. O artista encontrou nos movimentos uma profissão e um meio de levar arte e educação para seus alunos. Morador do Gopoúva, Hélio é filho de dançarinos e teve seu primeiro contato com a dança profissional aos 12 anos, quando começou a ter aulas de Jazz Dance, no Ginásio João do Pulo.
Aos 18 anos, o bailarino desenvolveu um projeto de dança na comunidade do Pimentas. A iniciativa rendeu prêmios. “Esse projeto voltado à arte educação me deu ferramentas para entender que a dança é algo maior do que posso imaginar, trabalhar com a dança e viver dela me trouxe outras perspectivas”, conta Hélio.
Atualmente Hélio trabalha em parceria com sua esposa, conhecida como Pretah Thaís, e seus filhos. O bailarino trabalha ainda como produtor artístico do Coletivo Imersões, e possui um canal no YouTube onde trabalha com o audiovisual voltado para dança. Outros projetos são as aulas de dança no Adamastor e na Escola de Dança DDance. O artista viaja ainda para ministrar palestras e workshops que falam sobre a dança e educação.
“Aos poucos vamos conquistando espaços e levando nosso trabalho para ser conhecido”, afirma.
Em sua carreira, o bailarino se espelha em artistas como Pina Bausch, Klauss Vianna, Martha Graham, Akran Khan, Pak Ndjamena, William Forsythe, Sandro Borelli, João Pirahy, Kurt Joss, Rodrigo Perdeneiras, Rita Camilo, Mônica Hatimine e outros.
Inova Educação
No dia 6 de maio, o bailarino participou do lançamento do Inova Educação, projeto que promove um novo modelo pedagógico, que conecta o ensino à realidade dos alunos. O convite partiu do Instituto Ayrton Senna e da Secretaria de Educação de São Paulo.
“Tive a oportunidade de contar minha história na escola Therezinha Closa Eleutério. Como a arte me resgatou. Como a educação é importante para sociedade que vivemos, tive ainda a oportunidade de levar uma performance de Dança afro para o governador João Doria, Viviane Senna e outras autoridades. Foi algo surreal, foi carregar minha ancestralidade ali naquele espaço. Carreguei comigo uma série de vozes que queriam estar ali também. Foi a concretização de um sonho”, conclui.