Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 2,769 bilhões em fevereiro, resultado inferior aos US$ 4,053 bilhões registrados em igual período do ano passado. Os aportes externos voltados ao investimento produtivo também ficaram abaixo das estimativas do mercado financeiro colhidas pelo AE Projeções, que iam de US$ 3,000 bilhões a US$ 3,700 bilhões, com mediana de US$ 3,200 bilhões.
No acumulado do ano até o mês passado, o IED soma US$ 6,737 bilhões. No mesmo período do ano passado, o IED acumulado era de US$ 9,167 bilhões. Nos últimos 12 meses até fevereiro, o IED está em US$ 60,1 bilhões, o que corresponde a 2,82% do PIB.
O BC estima que o ingresso de investimentos estrangeiros diretos no País em março chegue a US$ 3,6 bilhões. Até o dia 20, o fluxo de IED acumulava US$ 2,4 bilhões, informou Rocha.
Se a projeção do BC se concretizar, o ingresso de IED neste mês será menor do que o registrado em março de 2014 (US$ 4,97 bilhões). Para 2015, o BC manteve em US$ 65 bilhões a projeção para IED. O número é equivalente a 2,95% do Produto Interno Bruto (PIB). A autoridade monetária ainda informou que mantém a projeção para o ingresso de ações no País em US$ 13 bilhões. Para os investimentos em renda fixa, a previsão continuou em US$ 20 bilhões.
Ainda de acordo com Rocha, a instituição espera que o fluxo de ingresso de investimentos estrangeiros diretos no País se recupere ao longo do ano. Ele afirmou que o BC espera que esses investimentos alcancem a marca de US$ 65 bilhões em 2015, patamar próximo ao que vem sendo alcançado nos últimos 5 anos, de ao redor de US$ 60 bilhões.
Ações
O BC informou ainda que o investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 1,181 bilhão em fevereiro – no mesmo período do ano passado, este saldo estava negativo em US$ 1,179 bilhão.
No acumulado deste ano até fevereiro, o saldo já está em US$ 2,848 bilhões, bem maior que o resultado negativo de US$ 984 milhões vistos em igual período de 2014.
As aplicações em ações negociadas no País concentraram todo o saldo, já que as negociadas no exterior (como as ADRs) ficaram negativas em US$ 7 milhões em fevereiro.
Taxa de rolagem
De acordo com BC, a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 97% em fevereiro. Esse valor é considerado baixo, em igual período do ano passado essa taxa estava em 171%.
A rolagem de papéis ficou em 36% no mês passado. Já a rolagem de empréstimos diretos teve uma taxa de 115%. Em igual período de 2014, a taxa de bônus, notes e commercial papers era de 89% e a dos empréstimos diretos, de 196%.
No acumulado de 2015, a taxa geral de rolagem está em 106%, sendo 45% de papéis e 118% de empréstimos diretos. Em igual período do ano passado, a taxa era de 137% (192% para papéis e 130% para empréstimos diretos).