Economia

Bolsa tem 5ª alta e maior nível desde fevereiro de 2013

A ata do último encontro do Federal Reserve, indicando que o aperto da taxa de juros pode ser antecipado dado o progresso rápido da economia, trouxe uma volatilidade momentânea à Bolsa de Valores paulista. O índice, que chegou a recuar após o documento, depois ganhou tração e renovou seu maior patamar desde fevereiro do ano passado, na quinta alta consecutiva. Petrobras e Vale se destacaram entre os papéis que impulsionaram o índice.

O Ibovespa fechou em alta de 0,73%, aos 58.878,24 pontos, maior nível desde os 58.951,07 pontos de 6 de fevereiro do ano passado. Na mínima, registrou 58.320 pontos (-0,22%) e, na máxima, 59.010 pontos (+0,96%). No mês, acumula ganho de 5,46% e, no ano, de 14,31%. O giro financeiro totalizou R$ 7,361 bilhões.

Os investidores estrangeiros foram presença na ponta compradora do mercado acionário, enquanto o cenário eleitoral também seguiu fazendo preço nos ativos. Sobre o documento do Fed, os agentes lembraram que amanhã começa o simpósio de Jackson Hole e que, na sexta-feira, a presidente do BC dos EUA, Janet Yellen, fará um pronunciamento. Assim, seria mais prudente ouvir sua fala antes de se posicionar com o documento do Fed. Isso também porque, segundo a avaliação, a hipótese de aperto monetário ainda está na condicional.

Os papeis das empresas estatais foram os destaques positivos da sessão, se beneficiando das especulações sobre a disputa eleitoral. Hoje, o PSB deve confirmar Marina Silva como candidata do PSB à Presidência e Beto Albuquerque como vice.

Petrobras ON subiu 2,18%, PN, 2,15%, BB ON, 1,51%, Eletrobras ON, 2,91% e PNB, 2,07%.

No mercado doméstico, destaque para as medidas do BC e da Fazenda divulgadas hoje, que respingam nas ações de bancos e construtoras. Bradesco PN avançou 0,53%, Itaú Unibanco PN, 0,48%, Santander Unit, no entanto, caiu 0,20%.

Cyrela ON teve alta de 1,42%, Gafisa ON, 1,83%, Rossi ON, +5,79% – a maior elevação do Ibovespa – Even ON, +2,93%.

O BC flexibilizou regras para o recolhimento de depósitos compulsórios e reduziu o requerimento mínimo de capital das instituições, o que liberou R$ 25 bilhões em liquidez paras os bancos (R$ 10 bilhões em compulsórios e mais R$ 15 bilhões com o alívio de medidas macroprudenciais).

À tarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou outras ações para facilitar o crédito, como a possibilidade de os proprietários de imóveis quitados darem como garantia o bem para outro financiamento imobiliário. Além disso, o governo decidiu fortalecer a garantia da alienação fiduciária para bens móveis, como os automóveis, entre outras ações.

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