Estadão

Bolsas de NY fecham em leve alta, observando perspectivas para aperto monetário

As bolsas de Nova York fecharam em leve alta nesta terça-feira, com um mercado que segue cauteloso diante do prosseguimento do aperto monetário dos bancos centrais, mas que, no caso americano, contou nesta sessão com algum impulso após a publicação de indicadores sobre moradia nos Estados Unidos.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,28%, em 32.849,74 pontos, o S&P 500 subiu 0,10%, aos 3.821,62 pontos e o Nasdaq avançou 0,01%, aos 10.547,11 pontos.

As construções de moradias nos EUA recuaram em novembro menos que o esperado, ao passo que as permissões para novas obras tombaram mais de 11%, bem além do previsto. De olho na forte queda mensal das permissões, que sinalizam a atividade imobiliária futura nos EUA, a Pantheon Macroeconomics conclui que uma recuperação do setor ainda está "distante", o que pode sinalizar menor aperto monetário.

Para o CMC Markets, embora um rali de Natal ainda esteja no horizonte, há riscos econômicos e políticos chegando no ano novo. Embora o Federal Reserve (Fed) esteja diminuindo o ritmo dos aumentos de juros, o ciclo de aumento não terminará até que a inflação volte ao seu nível-alvo de 2%, avalia.

A taxa de swap do Fed agora projeta uma taxa terminal entre 4,75% e 5% até março de 2023. As taxas mais altas por mais tempo podem continuar pressionando o Nasdaq, pesado em tecnologia, pelo menos nos primeiros três meses do novo ano, aponta a análise. Desde a máxima histórica em novembro de 2021, o Nasdaq caiu cerca de 38% quando tocou a mínima do ano em meados de outubro de 2022. Além disso, os rendimentos dos Treasuries profundamente invertidos alertam repetidamente sobre uma inevitável recessão econômica futura, lembra.

Um dos destaques nas quedas é a Tesla, que recuou 8,05% nesta terça-feira. A empresa sofreu revisão para baixo em sua recomendação de preço de compra pelo Mizuho, enquanto as perspectivas para vendas de seus produtos seguem decepcionando. O Wall Street Journal nota ainda que, com as quedas recentes, a Tesla passou a valer menos que a Johnson & Johnson.

No noticiário corporativo, o Wells Fargo caiu 2,01%, depois que fechou um acordo de US$ 3,7 bilhões com reguladores americanos para resolver as alegações de que suas ações prejudicaram mais de 16 milhões de consumidores. Já a Amazon subiu 0,32% em dia no qual fechou um acordo para encerrar dois casos antitruste da União Europeia (UE) referentes a alegações sobre a forma como a gigante trata vendedores terceirizados em sua plataforma.

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