As bolsas de Nova York fecharam sem direção definida nesta quarta-feira, 8, influenciadas por ações de companhias do setor financeiro e do setor de energia. Comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também movimentaram os papéis de algumas empresas.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,18%, aos 20.054,34 pontos; o S&P 500 ganhou 0,07%, aos 2.294,67 pontos; e o Nasdaq avançou 0,15%, para 5.682,45 pontos, renovando recorde de fechamento novamente, com o Facebook (+1,79%) e a Apple (+0,39%) contribuindo com a maior parte dos ganhos.
Com uma agenda vazia de indicadores nesta quarta-feira, os mercados acionários de Nova York operaram com volatilidade ao longo do dia. No início do pregão, as bolsas de Nova York operaram no vermelho, pressionadas pelo discurso de Trump. O presidente americano criticou o Poder Judiciário pela demora em decidir sobre o seu veto à entrada de imigrantes de sete países e sugeriu que a decisão dos juízes das cortes de apelação pode ser política. O discurso fez com que o mercado optasse por ativos considerados seguros e as bolsas perderam força e acentuaram perdas.
Mais tarde, os índices acionários se recuperaram, impulsionados por companhias do setor de energia, que ganharam força ao longo do dia. A Chevron fechou em alta de 0,15% e a ConocoPhillips subiu 0,36%.
O setor financeiro, por sua vez, foi um dos mais penalizados do dia, com os papéis dos principais bancos fechando em baixa. O Goldman Sachs caiu 0,81%; o Morgan Stanley recuou 2,14%; o JPMorgan cedeu 0,88% e o Bank of America perdeu 1,03%.
Segundo alguns analistas e investidores, a falta de medidas concretas por parte do governo Trump quanto a aumento de gastos com infraestrutura e corte efetivo de regulações continua no radar do mercado. “Ninguém sabe quão paciente o mercado será, mas até agora está mostrando uma resistência surpreendente”, disse Tony Roth, diretor de investimentos da Wilmington Trust.
Comentários de Trump também movimentaram ações de algumas empresas. Em seu perfil no Twitter, o republicano disse que sua filha, Ivanka Trump, foi tratada de forma “injusta” pela Nordstrom. Na última sexta-feira, a empresa anunciou que não compraria a atual coleção de Ivanka devido à “baixa performance” nas vendas. Durante a tarde, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, justificou a atitude de Trump e disse que o que a Nordstrom fez “foi um ataque direto às políticas do presidente dos EUA”. As ações da empresa fecharam em alta de 4,09%.
Já a Intel anunciou um investimento de US$ 7 bilhões em uma fábrica no Arizona durante uma reunião com Trump. Segundo o CEO da companhia, Brian Krzanich, a fábrica irá empregar 3 mil pessoas quando estiver operando. Os papéis da Intel subiram 0,08%. (Com informações da Dow Jones Newswires)