O presidente da República, Jair Bolsonaro, e outros dez ministros participaram nesta terça-feira, 20, de uma videoconferência com o Conselho Diálogo pelo Brasil, que reúne os 50 maiores grupos privados do País e é coordenado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Entre os presentes, estavam os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Carlos França (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
A entidade diz que, durante o encontro, empresários ressaltaram a importância da vacinação da população, de um bom ambiente econômico para haver investimentos e das reformas estruturais, com destaque para a administrativa, que tem perspectivas de aprovação mais rápida.
De acordo com a Fiesp ,o presidente Bolsonaro disse aos empresários que a vacinação é fundamental para que o País volte a crescer com mais velocidade. "O Brasil não parou. Fizemos muita coisa no ano passado, desde a gestão Pazuello, e as vacinas são uma realidade hoje. Não temos medo de CPI, mas espero que essa ação não prejudique o nosso trabalho", afirmou o presidente.
O ministro Marcelo Queiroga afirmou que, com a imunização em andamento, a queda de novos casos não demorará a acontecer. "A vacinação é prioridade absoluta", disse o ministro. Ele disse também que o governo está fazendo o possível para reforçar os kits intubação, que irá fazer campanha de testagem e que o Ministério da Saúde divulgará em breve os novos protocolos em relação à covid-19. Queiroga destacou ainda que é preciso encontrar soluções para haver menos aglomerações no transporte público das cidades.
Bolsonaro ressaltou os bons números da economia e elogiou a condução do ministro Paulo Guedes. "Estamos recuperando os empregos formais, mas os informais ainda são um desafio. A política do fechar tudo, adotada por muitos governadores, foi completamente equivocada e destruiu milhões de empregos no Brasil", afirmou Bolsonaro.
Paulo Guedes destacou a geração de 260 mil postos de trabalho em janeiro e 400 mil em fevereiro e o desempenho dos setores econômicos. "Indústria e comércio seguem firmes. O setor de serviços foi o mais atingido, mas também caminha para se recuperar e voltar aos níveis pré-pandemia", afirmou Guedes. Segundo ele, o País vem batendo sucessivos recordes de arrecadação federal.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o Brasil vem batendo seguidos recordes em suas safras. "Teremos este ano o fechamento da safra com mais de 272 milhões de toneladas. E muito provavelmente o presidente Jair Bolsonaro vai chegar ao seu último ano de mandato bem próximo dos 300 milhões de toneladas", afirmou. "Somos um dos poucos países que consegue fazer duas safras por ano numa mesma área", disse ela, depois de destacar o crescimento dos investimentos na cadeia da proteína animal.
O ministro Carlos França, por sua vez, disse que está engajado na modernização do Mercosul, ao reforçar a vertente econômica comercial do bloco, com impulso à negociação de acordos comerciais como o da União Europeia e com outros países ao redor do mundo. "Temos atuado no sentido de facilitar a compra de insumos para a vacina e o imunizante pronto, a fim de que possam estar disponíveis para atender a população brasileira o mais rápido possível", afirmou.
Segundo a Fiesp, também participaram do encontro virtual o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos e o secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha.