Estadão

Boxe brasileiro pode ter dia mais vitorioso com Bia, Abner e Wanderson em ação

O boxe brasileiro pode ter nesta terça-feira o seu dia mais vitorioso. A peso-leve (até 60 kg) Beatriz Ferreira, o leve (até 63 kg) Wanderson Oliveira e o pesado (até 91 kg) Abner Teixeira estarão em ação na Kokugikan Arena. Este último já vai disputar a semifinal com a garantia de já ter conquistado a medalha de bronze, pois os no boxe olímpico não há a disputa pelo terceiro lugar e os perdedores sobem também no pódio. Já a lutadora e Wanderson estão nas quartas de final e precisam vencer para atingir o mesmo status.

A primeira a se apresentar será Beatriz, atual campeã mundial. Ela sobe no ringue às 5 horas (17h do Japão) para enfrentar a usbeque Raykhona Kodirova, nona no último campeonato do mundo. "Eu me preparei durante cinco anos para este momento. Chegou a hora de decidir", afirmou a lutadora, que venceu na estreia com facilidade a atleta Shih-Yi Wu, de Taiwan, em decisão unânime dos jurados (5 a 0).

"Todas aqui são minhas adversárias. Estou pronta para o que precisar. Amo o boxe e estou pronta para o que der e vier. Independentemente do combate que acontecer aqui, eu sei que será um grande espetáculo para a galera. Eu sei para o que me preparei, sei meu objetivo aqui e vou em busca dele, afirmou a boxeadora, de 28 anos e 1,62 metro de altura.

Wanderson, de 24 anos e 1,78 metro, vai ter pela frente, às 6h18, o cubano Andy Cruz, apontado como o melhor da atualidade nesta categoria. "É o número 1 deste peso, mas eu vou treinar bastante a tática que vou ter contra ele, rever a luta que tive com ele, rever os erros e o que tive de qualidade para fazer a estratégia", disse o brasileiro, após vencer seu segundo combate em Tóquio. Ele eliminou o sírio Wessam Salamana, da Equipe Olímpica de Refugiados, por 5 a 0 na estreia e depois o bielo-russo Dzmitry Asanou por 3 a 2.

Abner, que busca um pódio inédito para o Brasil entre os pesos pesados, terá como rival, às 6h50, também um representante de Cuba. Trata-se de Julio La Cruz, que foi campeão olímpico na Rio-2016 e quatro vezes campeão mundial, mas entre os meio-pesados (até 81 quilos). "Quero mudar a cor da medalha", disse o atleta, após derrotar o jordaniano Hussein Iashaish nas quartas de final. Ele também soma um triunfo nas oitavas frente ao britânico Cheavon Clarke. Ambos por 4 a 1. Ele tem 24 anos e mede 1,93 metro.

O boxe brasileiro acumula sete medalhas em olimpíadas, contando já os bronzes garantidos por Hebert Conceição e Abner. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão (prata), Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo (ambos bronze) subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016.

O Brasil levou para Tóquio sete pugilistas. Além dos três que se apresentam nesta terça, a nobre arte nacional ainda conta com o peso médio (até 75 quilos) Hebert Conceição. Ele é semifinalista e na quinta-feira vai desafiar o russo Gleb Bakshi, atual campeão mundial.

Três representantes nacionais foram eliminados em Tóquio. No feminino, a peso mosca (até 51 kg) Graziele Jesus perdeu para a japonesa Tsukimi Namiki na primeira rodada, enquanto Jucielen Romeu foi eliminada pela britânica Karriss Artingstall, também na estreia.

Já o meio-pesado Keno Marley (até 81 quilos) foi derrotado pelo britânico Benjamin Whittaker na segunda rodada, após vencer na estreia o chinês Daxiang Cheng.

Posso ajudar?