Mesmo desfalcado de seus melhores ginastas, o Brasil fechou muito bem o Campeonato sul-americano de Ginástica, neste domingo, em Cali (Colômbia). Nas finais por aparelhos, os brasileiros subiram 13 vezes ao pódio, garantindo sete medalhas de ouro em 10 possíveis. No feminino, o desempenho foi 100%.
Campeã no individual geral e por equipes no sábado, Daniele Hypolito subiu ao lugar mais alto do pódio no salto (14.125) e na trave (13.125), ficando ainda com a prata no solo (13.850). Com o desempenho em Cali, a veterana de 30 anos confirmou ser peça fundamental da equipe brasileira que vai ao Mundial.
Jade Barbosa, por sua vez, voltou a competir após quase 10 meses e ganhou o ouro nas barras assimétricas, com 13.700. O resultado é importante porque veio mesmo no aparelho mais fraco da ginasta, que não competiu no solo e no salto para poupar o joelho operado. Letícia Costa ficou com duas medalhas individuais: ouro no solo (14.000) e bronze na trave (12.775).
MASCULINO – Entre os homens, o destaque deste domingo foi Ângelo Assumpção, alvo de racismo por parte dos colegas da seleção, há um mês. O garoto deu a volta por cima ganhando ouro no solo (14.900) e no salto (14.667), dois aparelhos em que é especialista.
Péricles Silva ficou em primeiro nas argolas (14.167). Leonardo Souza faturou bronze no cavalo com alças (13.833) e nas barras paralelas (14.400), enquanto Renato Oliveira foi bronze no solo (14.700).
De forma geral, entretanto, o grande nome do Brasil no Sul-Americano foi Petrix Barbosa. Cortado do Mundial do ano passado por lesão, ele foi o melhor brasileiro do individual geral (84.200), com prata, mas só levou uma medalha por aparelhos, o bronze nas argolas (13.533). A pontuação do individual geral, entretanto, deve ser valiosa para o País no Mundial Pré-Olímpico desse ano.