Há 53 dias sem ministro da Saúde, o Brasil registrou nesta terça-feira, 7, mais de mil óbitos pelo novo coronavírus. Foram 1.312 novas mortes e mais 48.584 casos confirmados de infecção em 24 horas, segundo dados do levantamento realizado pelo <b>Estadão</b>, <i>G1</i>, <i>O Globo</i>, <i>Extra</i>, <i>Folha</i> e <i>UOL</i> junto às secretarias estaduais de Saúde. No total, 66.868 brasileiros já perderam a vida por causa da covid-19 e 1.674.655 pessoas foram infectadas.
Desde que as regras de isolamento e distanciamento sociais foram flexibilizadas em meio à pandemia, pelo menos 12 capitais brasileiras viram seus índices de infecções aumentarem.
São Paulo atingiu nesta terça 332.708 casos e 16.475 mortes em decorrência do coronavírus. O governo paulista estima que o Estado possa ter, em 15 de julho, até 23 mil mortes e 470 mil casos da doença. O interior do Estado já responde por 70,8% dos novos casos de covid-19 registrados no Estado de São Paulo, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 7.
O Rio de Janeiro, outro Estado bastante afetado pela pandemia, registrou nesta terça o total de 10.881 mortos e 124.086 contaminados. A capital fluminense continua liderando o ranking das cidades com mais incidência. Se fosse um país, o Estado do Rio seria o 19º do mundo com mais infectados. Mais 1.025 mortes estão sendo investigadas, sob suspeita de terem sido causadas pela covid-19, e 101.554 pacientes se curaram.
<b>Bolsonaro é diagnosticado com covid-19</b>
O presidente Jair Bolsonaro revelou nesta terça-feira, 07, que contraiu o novo coronavírus. O exame foi feito na última segunda-feira, 06, sem usar codinome para identificação. Os primeiros sintomas da doença, de acordo com o relato do presidente, começaram ainda no domingo. Bolsonaro, que tem 65 anos e faz parte do grupo de risco da doença, disse estar se sentindo bem após apresentar febre de 38ºC no dia anterior.
<b>OMS admite possibilidade de transmissão aérea do novo coronavírus</b>
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, nesta terça-feira, 7, que estão surgindo "evidências" sobre a possibilidade de transmissão do novo coronavírus pelo ar. A entidade ressaltou que trabalha em conjunto, desde abril, com vários dos cientistas que assinaram uma carta aberta para alertar sobre esse modo de disseminação da covid-19.
Líder técnica da OMS no controle de infecções, Benedetta Allegranzi esclareceu que o órgão busca "compilar e interpretar" mais provas para emitir diretrizes atualizadas sobre o assunto.
<b>Divulgação de dados</b>
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre jornalistas dos seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar os números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia.
Mesmo com o recuo do Ministério da Saúde, que voltou a divulgar o consolidado de casos e mortes, o consórcio dos veículos de imprensa continua com o objetivo de informar os brasileiros sobre a evolução da covid-19 no País, cumprindo o papel de dar transparência aos dados públicos.
O órgão informou, no início da noite desta terça-feira, que o Brasil contabilizou 1.254 óbitos e mais 45.305 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o
Ministério da Saúde, no total são 1.668.589 casos confirmados e 66.741 mortes causadas pelo coronavírus. O número é diferente do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.