Estadão

Brasileirão da CBB se consolida e alcança objetivo de fomentar o basquete

O Brasileirão da Confederação Brasileira de Basquete surgiu como uma incógnita em outubro de 2018 e, três edições depois, está consolidado. A competição, que nasceu para ser uma espécie de segunda divisão e gerou conflito entre CBB e Liga Nacional de Basquete, responsável pela organização do Novo Basquete Brasil, alcançou o propósito de fomentar o esporte.

Ao todo foram 14 equipes, quase o dobro da primeira edição em 2019, na disputa para chegar ao Final Four que começa nesta quinta-feira, no Ginásio Galegão, em Blumenau. São José e Araraquara entram em quadra às 17h, na primeira semifinal. Na sequência, às 19h30, Flamengo/Blumenau x Liga Sorocabana de Basquete jogam pela outra vaga na decisão.

As duas partidas pelas semifinais terão transmissão do BandSports, assim como o jogo pelo título, no sábado, às 11h15. Assim como ocorreu na edição de 2021, com o União Corinthians, de Santa Cruz do Sul, o campeão garante vaga na próxima temporada do NBB sem necessidade de aprovação do conselho da LNB.

A CBB optou por realizar o Final Four em sede única como parte da estratégia para valorizar o campeonato. A intenção é ter um evento em Blumenau além dos jogos, com música, todo temático, na cidade da Oktoberfest.

Em quadra, jogadores jovens vão ditar o ritmo com o suporte de outros mais experientes. O Flamengo/Blumenau, por exemplo, conta com Emanuel, ex-Bauru, e Vithinho, ex-Mogi, além de Gui Beto. A Liga Sorocabana aposta em Matheus Weber, ex-Flamengo, e Gui Santos. São José é liderado por Arthur Pecos, que tem 10 temporadas do NBB no currículo, e Elvis, ex-Pinheiros. Nezinho e Fará Sabile comandam Araraquara, que tem ainda Vezarinho, ex-Corinthians.

"Esse campeonato veio preencher uma lacuna. É maravilhoso depois de dois anos participar desse momento, acreditamos muito nessa competição", afirmou Rinaldo Rodrigues, técnico da Liga Sorocabana de Basquete, equipe que disputou o NBB até 2018, em entrevista ao site da CBB.

Técnico do Flamengo/Blumenau, André Germano também elogiou o Brasileirão. "É um campeonato forte e estruturado. Estamos falando de uma competição que tem total influencia no crescimento do basquetebol no Brasil", afirmou. "Mérito da confederação que vem incentivando muito, buscando patrocínios e na luta de verdade pra colocar grandes clubes do basquete brasileiro."

Fábio Appolinário, treinador de Araraquara, concorda. "O Brasileiro 2022 foi um campeonato que evoluiu muito, equipes de muita tradição estão de volta à competição, isso eleva demais o nível, jogadores que fizeram sucesso em grandes equipes do Basquete Nacional e isso abrilhanta ainda mais o campeonato."

O argentino Sebastián Figueredo, técnico de São José, admitiu que se surpreendeu com o Brasileirão. "É um campeonato que está em constante evolução, um espaço de crescimento dos jogadores, treinadores e estruturas desportivas", disse o treinador, que pediu apenas um calendário maior. "Acredito que para o futuro seria bom ter uma competição mais longa que dê continuidade aos projetos dos clubes e patrocinadores."

PRÊMIO COBIÇADO
Nada de medalha no peito. Assim como acontece na NBA, os campeões do Brasileirão da CBB ganham um anel de campeão. A peça é feita em aço escovado, pesa 130 gramas, e custa cerca de R$ 250.

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