Economia

Cai em agosto intenção das famílias de consumir, segundo a CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 5,9% em agosto na comparação com julho, registrando 81,8 pontos, informou a Confederação nesta quarta-feira, 19. O ICF recuou 32,3% na comparação com agosto do ano passado. Esse foi o sétimo mês seguido de queda do índice, que permanece abaixo dos 100 pontos, indicando uma percepção de insatisfação com a situação atual.

Os indicadores que medem a percepção em relação à situação atual de renda e emprego são os únicos que se mantêm acima de 100 pontos. Apesar disso, para 32,1% dos entrevistados o nível atual de renda é considerado insatisfatório – porcentual recorde na série histórica da pesquisa. Em agosto de 2014 essa taxa era de 15%. O índice registrou quedas de 4,4% na comparação mensal e 26,6% ante o mesmo período do ano passado.

A pesquisa mostra que o quesito que registra a maior queda na comparação anual é o de intenção de compra de bens duráveis – 49,5% menor que no mesmo período de 2014. Praticamente sete em cada dez entrevistados (69,2%) não acreditam que o momento atual seja favorável ao consumo desses produtos. Grande parte dessa resistência deve-se ao encarecimento do crédito.

O índice com maior variação na comparação mensal é o de perspectiva de consumo – queda de 11,4% em relação a julho. A propensão a consumir nos próximos meses é menor na opinião de 55,7% dos entrevistados, em especial nas regiões Sul e Sudeste.

Segundo a CNC, a combinação entre a queda no ritmo de atividade econômica e o atual nível de inflação contribui para reduzir as chances de reversão desse quadro no médio prazo. Diante da deterioração das condições de consumo, a Confederação reduziu a expectativa sobre o volume de vendas para o varejo restrito em 2015: de queda de 1,9% para recuo de 2,4%. Para o fechamento do ano, o desempenho esperado para o ano aponta uma queda de 6,5%.

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