Os caminhoneiros que trafegam no maior Estado produtor de grãos do País, Mato Grosso, fecharam três novos pontos em rodovias, impedindo o transporte de cargas por causa da manifestação contra o reajuste do óleo diesel, iniciada na segunda-feira, 21. Em nota, a concessionária Rota do Oeste informou que, com os novos bloqueios, o Estado totaliza seis pontos de protesto no trecho entre os municípios de Itiquira e Rondonópolis, que compreende parte da BR-163, importante rota de escoamento da safra de grãos.
Ainda durante a noite, os participantes do ato se mobilizaram no km 119 da BR-163, em Rondonópolis. Em seguida, entre o fim da madrugada e o início da manhã desta terça-feira, 22, foi fechado o km 854 da BR-163, em Sinop, onde não está sendo permitido nem o transporte de cargas vivas, modalidade liberada nos demais bloqueios.
A interdição mais recente foi apurada no período da manhã em Lucas do Rio Verde, no km 686, configurando, assim, os três novos pontos.
Na capital, Cuiabá, as manifestações ocorrem no km 398 da BR-364, no Distrito Industrial; e no km 504 da BR-070, também conhecida como rodovia dos Imigrantes.
No norte do Mato Grosso, existem registros de manifestação no km 593 da BR-163, em Nova Mutum; e no km 822 da BR-163, em Sinop.
Com exceção do km 854 em Sinop, a passagem de veículos de passeio, ônibus, ambulância e de cargas vivas e perecíveis está liberada em todos os pontos com manifestações. A última atualização da concessionária foi realizada às 9 horas.
Com o aumento gradativo dos protestos de caminhoneiros, o gerente de Economia da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel Furlan, avalia que houve redução nos embarques de granéis e “espera que o governo federal traga uma solução”.
Segundo ele, a entidade continua monitorando os desdobramentos da situação.