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Caninho Animal – O Microchip e os Pets

Na cidade de Guarulhos, todos os animais doados nos últimos cinco anos pelo centro de controle de zoonoses (CCZ) já possuem o microchip. A medida começou a ser utilizada com dois objetivos: controlar os casos de raiva e monitorar a posse responsável.

A adoção do chip representa uma modernização para evitar problemas com cães e gatos perdidos nas ruas. É um sistema muito mais eficiente que o RGA (Registro Geral do Animal), já que a cápsula é intransferível, ao contrário da coleira do RGA, que pode ser manipulada. O que muitas pessoas não sabem é que, atualmente, algumas clínicas veterinárias também já realizam a aplicação do chip. A identificação eletrônica é a forma mais eficaz e segura de cadastrar o proprietário responsável por aquele animal, de forma definitiva. O cadastramento de animais e proprietários é medida essencial para o controle populacional de cães e gatos e para o controle de zoonoses. Mais do que isso, é uma medida para preservar os direitos dos animais e seu bem-estar.

A identificação eletrônica dos animais pode evitar a permanência dos mesmos por longos períodos nas ruas, diminuindo assim os riscos de doenças, acidentes e maus tratos. O microchip é um método de identificação seguro, inviolável e permanente que serve como um atestado de que um determinado cão seja mesmo o cão em questão. Embora a agulha do aplicador de microchip tenha o diâmetro um pouco maior do que uma agulha de aplicador de vacinas, os animais reagem da mesma maneira a uma injeção comum, sendo o procedimento indolor. O microchip, que é aplicado na nuca do animal, é do tamanho de um grão de arroz, completamente biocompatível e inofensivo à saúde do animal, mas é fundamental que seja antimigratório.

É preciso ter atenção especial em relação a isto. O microchip é inerte, liso e biocompativel. Não há nenhuma possibilidade de desenvolver processo alérgico ou de rejeição do microchip antimigratório após corretamente injetado no animal. Não há também idade certa para a chipagem, qualquer cão ou gato pode ser chipado, sendo que em filhotes pode ser realizada junto às primeiras vacinas. A leitura é feita através de um leitor universal, que mostrará uma seqüência de 15 números. Estes números ficam registrados em uma central, podendo ser acessada através de um site na internet todas as informações sobre o animal (nome, idade, raça, cor, pelagem, peso, sexo, carteira de vacinação, etc.) e do proprietário cadastrado (nome, endereço, RG, CPF, telefone, celular). 

Quanto às vantagens do chip, podemos citar ainda auxílio no trabalho do criador evitando confusões entre ninhadas, facilita o atendimento veterinário permitindo acesso aos dados do animal na internet, proporciona o resgate do cão ou gato caso ele se perca na rua, comprova a propriedade no caso de roubo, informa quais vacinas o animal já tomou, proporciona aos CCZ a devolução dos animais aos proprietários, eliminando os custos de permanência dos mesmos nos canis públicos, além de permitir a realização de diversas pesquisas; registrando ocorrências de determinadas doenças nas diferentes raças e nas diferentes regiões do país.

Desse modo, quando seu animal for encontrado por alguém na rua e encaminhado a uma clínica, o veterinário utilizará a leitora para identificar o número do microchip do animal. Com esse número ele poderá acessar o banco de dados e saber que você é o proprietário, entrando em contato imediatamente.

Rafael Claro Marques
(CRMV-SP 18.840) é médico veterinário e pós-graduado em Clínica Médica de Pequenos Animais
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