Economia

Carga de energia aumenta 3,7% em 2014, aponta ONS

A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 65.602 MW médios em dezembro, um aumento de 2,1% em relação a igual mês do ano anterior. Na comparação com novembro, no entanto, houve redução de 1,3%, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 12, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em 2014, a carga de energia do SIN apresentou crescimento de 3,7%.

Segundo o ONS, a ocorrência de temperaturas elevadas influenciou significativamente o comportamento da carga na comparação anual, principalmente nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste. O resultado ficou acima do registrado em 2013 por conta do clima mais quente.

No entanto, a queda registrada em dezembro em relação ao mês anterior está influenciada pelo modesto desempenho da indústria, especialmente no Sudeste, cuja participação na carga industrial do SIN é de cerca de 60%. “Além disso, vários ramos industriais concederam férias coletivas neste fim de ano a fim de reequilibrar os estoques, que se encontram elevados em vários setores da indústria, ainda que mais perceptíveis na cadeia automobilística”, apontou o ONS, em nota.

O órgão lembrou que a Sondagem da Indústria de Transformação da Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou queda no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), que diminuiu 1,4 ponto porcentual entre novembro e dezembro, passando de 82,7% para 81,3%, o menor patamar desde agosto de 2009. A mesma sondagem mostrou ainda queda no indicador do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que recuou 1,5% entre novembro e dezembro de 2014, após dois meses em alta.

Os maiores avanços registrados em dezembro em relação a igual mês de 2013 foram nas cargas das regiões Nordeste (aumento de 4,5%, para 10.385 MW médios) e Sul (2,5%, para 11.478 MW médios). No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal mercado do País, a carga cresceu 2,0% em dezembro ante mesmo mês do ano anterior, atingindo 38.653 MW médios. No Norte, a carga diminuiu 3,1% no período, para 5.086 MW médios, sob impacto da redução de carga de consumidores eletrointensivos do setor de metalurgia.

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