O Ministério do Comércio da China disse que o alerta do Departamento de Estado dos Estados Unidos para "abusos de direitos humanos" em Xinjiang, no noroeste do país asiático, "distorce os fatos". Segundo um porta-voz da pasta, as medidas tomadas por Pequim contra minorias muçulmanas que vivem na região funcionam como ações de "antiterrorismo" e "antisseparatismo".
O representante do governo chinês acrescentou que os EUA "interferem nos assuntos internos" chineses e "oprimem" empresas do país. "A prática errada dos EUA interfere na cooperação normal entre empresas chinesas e americanas, prejudica a estabilidade da cadeia de suprimentos global, afeta a recuperação da economia mundial e prejudica os interesses comuns de todas as partes", destacou.
Em meio à deterioração das relações entre as duas maiores economias do planeta, Washington vêm aumentando a pressão por conta da situação em Xinjiang.
Na semana passada, o Departamento de Estado informou, em nota, que emitiu um alerta para todas empresas dependentes de cadeias produtivas que envolvam a região. O Partido Comunista Chinês é acusado de reprimir pelo menos três grupos islâmicos, com denúncias que incluem trabalhos forçados em campos de concentração.