Após crescer 1,1% em abril ante abril do ano passado, a receita das vendas do comércio varejista ampliado aumentou 0,4% em maio na comparação com o mesmo mês de 2014, já descontada a inflação, mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A empresa explicou que o resultado foi “impactado negativamente” por efeitos do calendário, com um domingo a mais e uma quinta-feira a menos no mês passado em relação a 2014. Descontados esses efeitos, a companhia ressalta que o ICVA mostra um uma “melhora” no ritmo de crescimento do varejo brasileiro em maio.
A Cielo destaca que, sem o efeito calendário, o indicador aumentou 0,7% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado – resultado melhor do que a estabilidade registrada em abril. Os dados nominais, com ajustes, também indicam essa melhora do setor. Segundo a empresa, descontado os efeitos, o porcentual de crescimento nominal do varejo seria de 6,9% em maio, maior do que os 5,9% em abril. Sem o ajuste, contudo, o ICVA de maio aumentou 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, ante alta de 7,1% registrada em abril, na mesma base de comparação.
A companhia ressalta que o Dia das Mães impactou positivamente o desempenho do comércio varejista, como sempre acontece nos meses de maio. De acordo com a Cielo, a semana que antecedeu a data, comemorada em 10 de maio neste ano, registrou crescimento nominal de 8,6% em receita de vendas, na comparação com a mesma semana que antecedeu o Dia das Mães do ano passado. No período, o setor de vestuário se destacou, ao liderar a aceleração do comércio. Até então, o segmento vinha apresentando crescimento abaixo da média do varejo nos últimos meses.
IBGE
Nesta terça-feira, 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do varejo referentes a abril. No comércio varejista restrito, as vendas em abril, em volume, caíram 0,4% ante março, na série com ajuste sazonal e recuaram 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, sem ajuste sazonal. Já as vendas do varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, tombaram 0,3% em abril ante março (com ajuste) e diminuíram 8,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado (sem ajuste).