Cinco entre nove grupos tiveram recuo de preços no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As quedas foram registradas em Alimentação e bebidas (de -0,07% em fevereiro para -0,08% em março); Artigos de residência (de 0,34% para -0,30%); Vestuário (de -0,31% para -0,02%); Transportes (de 0,66% para -0,16%) e Comunicação (de 0,84% para -0,31%).
Outros três grupos registraram aumentos menores em março: Saúde e cuidados pessoas (de 0,83% em fevereiro para 0,48% em março); Despesas pessoais (de 0,37% para 0,30%); e Educação (de 5,17% para 0,87%).
Passado o impacto relevante dos reajustes das mensalidades escolares que habitualmente ocorrem em fevereiro, o grupo Educação ainda apresentou a mais elevada variação de grupo, porém teve a desaceleração mais acentuada em relação ao mês anterior.
A taxa de 0,87% do grupo Educação foi influenciada pela alta de 5,43% apropriada em Fortaleza, ao passo que entre as demais regiões o resultado mais alto foi o de 1,86% registrado em São Paulo. Em Belém (-0,23%) e Goiânia (-0,06%) houve até pequenos recuos nas mensalidades.
Em março, o único grupo a apresentar aceleração no ritmo de aumento dos preços foi Habitação, que saiu de 0,18% em fevereiro para 0,64% em março.
Impactos por itens e segmentos
O aumento na conta de luz acelerou os gastos das famílias com Habitação no IPCA-15 de março. A energia elétrica ficou 2,45% mais cara em março, item de maior impacto na inflação do mês, o equivalente a 0,08 ponto porcentual. O aumento da conta de luz correspondeu a 53% da taxa de 0,15% do IPCA-15 de março.
A alta foi provocada por movimentos nas parcelas referentes ao PIS/Cofins e pela alteração da cobrança da bandeira verde para a bandeira amarela, que passou a vigorar a partir do dia 1º de março. Com a troca na bandeira, o consumidor passou a pagar R$ 2,00 a cada 100 kWh de energia elétrica consumidos.
Os combustíveis e os alimentos ajudaram a frear a inflação medida pelo IPCA-15 em março. Os alimentos ficaram 0,08% mais baratos, graças às reduções de preços de vários itens, como feijão carioca (-10,36%), feijão preto (-8,27%), frango inteiro (-2,39%) e carnes (-1,31%).
Em relação ao grupo Transportes, o recuo de 0,16% em março foi motivado pela queda de 1,34% nos preços dos combustíveis. O litro da gasolina ficou 1,06% mais barato, enquanto o litro do etanol caiu 2,69%. As passagens aéreas também tiveram redução, de -9,71%.