Estadão

CNBB, Comissão Arns, ABI, OAB e ciência formam frente pela vacinação de crianças

Os presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e de outras entidades que integram o Pacto pela Vida e pelo Brasil voltaram aos holofotes para conclamar governadores, prefeitos, mães, pais, familiares e professores a incentivar e acelerar a imunização de crianças contra a covid-19. O grupo critica o que chama de circo da insensatez com tentativas de desacreditar as vacinas e frisa que correto e inadiável fazer é imunizar as crianças, garantindo a proteção das mesmas contra o Sars-Cov-2.

"Não nos enganemos: a sociedade brasileira não vive dentro da bolha do negacionismo. Ela conhece muito bem a dura realidade, sente na pele os desafios, escuta o que diz a ciência e assim defenderá o direito à vacina infantil, contra o SARS-CoV-2", frisa o texto do intitulado Pacto pela Vida das Crianças Brasileiras.

O documento é assinado por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Felipe Santa Cruz, da Ordem dos Advogados do Brasil, José Carlos Dias, da Comissão Arns, Luiz Davidovich, da Academia Brasileira de Ciências, Paulo Jeronimo de Sousa, da Associação Brasileira de Imprensa; e Renato Janine Ribeiro, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

O grupo frisa que o Brasil é reocnhecido internacionalmente por seu programa de imunização, destacando que "gerações cresceram atendendo às convocações para vacinações diversas e assim foi possível controlar doenças que assombraram a população infantil e tantas famílias – entre elas, o sarampo e a poliomielite"

Nessa linha, as entidades argumentam que não se pode aceitar a campanha de sabotagem em torno da vacinação pediátrica, desprezando o direito à vida e à saúde de uma faixa etária com cerca de 69 milhões de brasileiros. "É disso que se trata, em flagrante desrespeito à Constituição e ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)", destaca o grupo.

As entidades criticam declarações enganosas de autoridades do governo, na contramão do que tem sido feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pedem que os brasileiros formem um cinturão de lucidez do combate à pandemia.

A imunização de crianças sofre resistência do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O Ministério da Saúde anunciou a aplicação das vacinas na faixa etária de 5 a 11 anos 20 dias após a Anvisa aprovar o uso do imunizante Cominarty. Nesta semana, o órgão também autorizou a aplicação da Coronavac entre crianças e jovens de 6 a 17 anos.

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