O PMDB paulistano fechou apoio ao petista Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016 e Gabriel Chalita deverá ser o vice na chapa. Com a aliança, o partido fecha as portas para uma possível candidatura de Marta Suplicy pela sigla. O deputado federal e presidente do diretório municipal do PMDB assumirá a Secretaria Municipal da Educação nos próximos dias. “Não tem espaço para ela no PMDB”, avisou um dirigente paulista. Em sua avaliação, Marta não conseguirá sair do PT porque hoje não teria uma legenda viável para se abrigar. PP e PR já teriam seguido o PMDB no apoio a Haddad. “Os partidos do governo não vão levar a Marta”, emendou.
Recentemente, o vice-presidente da República, Michel Temer, rechaçou a possibilidade de oferecer a legenda para a senadora. “Imagina se eu vou convidar uma pessoa que sai destruindo o meu governo”, disse Temer, segundo relato de um aliado.
Sem o PMDB, uma possibilidade para Marta seria o bloco PPS, PSB e Solidariedade, vista como a mais provável pelos petistas. Marta já conversou com o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade, mas estaria mais disposta a migrar para o PSB, uma vez que já dialogou com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e com a senadora Lídice da Mata (BA) sobre uma possível filiação à sigla. “Ela vai acabar caindo aqui (no PSB)”, concluiu um líder do PSB.
A dificuldade para Marta se filiar ao PSB seria a convivência com os tucanos, uma vez que o partido é aliado do PSDB em São Paulo. “Ela só precisa estar sintonizada com os partidos do bloco. Estamos todos no governo do Geraldo Alckmin. Essa é a lógica aqui”, comentou o dirigente, que já vislumbra um apoio de Alckmin a Marta num eventual segundo turno contra Haddad.