Nico Rosberg mostrou sinceridade neste domingo ao criticar a pontuação dobrada da última corrida desta temporada, que pode lhe garantir o título do Mundial de Pilotos da Fórmula 1. A regra, uma das novidades deste ano, gerou polêmica quando anunciada no fim do ano passado e foi alvo até do próprio alemão.
Na quinta-feira desta semana, ele afirmara que tinha mudado de opinião porque agora a regra o favorecia. Mas voltou atrás neste domingo após vencer o GP do Brasil. “É algo artificial para o campeonato. Eu mesmo não gosto desta regra, embora ela me favoreça”, admitiu Rosberg.
A pontuação dobrada no GP de Abu Dabi, no dia 23, se tornou decisiva por causa da pouca diferença entre os dois pilotos. Hamilton segue liderando, agora com 17 pontos de vantagem (contra 24 antes da corrida brasileira). Sem os pontos dobrados, ele ficaria com o título na prova final se terminasse na 6ª colocação, independentemente do resultado de Rosberg. Com a regra nova, ele precisa chegar ao menos na segunda posição.
Para aumentar suas chances, o alemão brilhou neste domingo ao dominar a prova praticamente de ponta a ponta. Ao contrário do que aconteceu na etapa passada, nos Estados Unidos, ele conseguiu sustentar a vantagem de largar na pole position e não cometeu erros.
“Em Austin, tive uma corrida difícil, mas foi importante para eu melhorar”, disse o piloto, que no sábado afirmara que precisaria aprender a lição de Austin para vencer no Brasil. “Não fiz um bom trabalho lá. Hoje eu fiz, por isso estou feliz. Aprendi a lição e fui melhor. É um grande passo na direção certa.”
Com o resultado, Rosberg pôs fim à série de cinco vitórias consecutivas de Hamilton. Satisfeito, agradeceu o público brasileiro ainda no pódio. “A atmosfera aqui é fantástica. Obrigado por todo o apoio”, afirmou, antes de testar algumas palavras em português: “Obrigado pelo carinho”.