Cidades

Com quadro irreversível, melhor solução para Proguaru é extinção, aponta estudo da Fipe

A situação financeira da Proguaru, empresa de economia mista de Guarulhos, apresenta um quadro irreversível e seu encerramento seria a melhor solução para a população, aponta estudo realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), finalizado em julho.  O documento aponta que o fechamento neste momento será positivo para os funcionários, que correm o risco de ficarem até mesmo sem salários e verbas rescisórias no caso da companhia decretar falência. No final do ano passado, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei que decidiu pela extinção da Proguaru. 

 A Fipe apurou que a Prefeitura teria economizado quase R$ 300 milhões se os mesmos serviços tivessem sido realizados por empresas contratadas somente levando em consideração os anos de 2019 e 2020. Segundo o estudo, hoje a empresa tem 22% de seus trabalhadores afastados e inativos, além de outros 22% em idade próxima da aposentadoria no curto prazo.   

 A Fipe apurou ainda que o histórico da empresa aponta margens de rentabilidade muito baixas, o que cria uma dificuldade muito grande para cortar custos, principalmente em relação ao pessoal, devido às leis trabalhistas. Desta forma, não existe caixa suficiente para realizar novos investimentos. Veículos, máquinas e equipamentos se encontram sucateados. Apenas 26% apresentam-se em condições de uso.   

 Ainda segundo o estudo da Fipe, a Proguaru tem 514 processos em andamento, sendo 82% trabalhistas e 14% na esfera cível. Até mesmo um Termo de Ajuste de Conduta foi firmado recentemente junto ao Ministério Público do Trabalho. O quadro de insolvência é marcado ainda pela evolução das dívidas fiscais, previdenciárias e de fornecedores, com inadimplências reincidentes, devido à quebra de fluxo de caixa.   

 Finalizando, a Fipe conclui que não há recursos suficientes para a quitação das dívidas da Proguaru, quando se leva em consideração o que a empresa tem a receber pela prestação de serviços e a dívida acumulada fiscal, previdenciária e com fornecedores. Para agravar a situação, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) sustenta que há uma dependência econômica crônica agravada pela falta de liquidez e alto nível de endividamento. Desta forma, a melhor alternativa seria a extinção da empresa, conforme aprovaram os vereadores em dezembro de 2020. 

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