Economia

Confiança do setor de Serviços sobe 2,8 pontos em agosto, revela FGV

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 2,8 pontos na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador saiu de 76,0 pontos para 78,8 pontos no período. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas subiu 2,8 pontos entre julho e agosto, alcançando 78,8 pontos.

O indicador teve a sexta alta consecutiva e alcançou o maior patamar desde fevereiro do ano passado, quando estava em 81,3 pontos.

“As expectativas em relação à evolução dos negócios nos meses seguintes continuam melhorando para as empresas do setor de Serviços. A avaliação mais favorável atinge a maioria dos segmentos pesquisados e influencia positivamente a intenção de contratações para os próximos meses. Apesar disso, após seis meses de alta da confiança, permanece a dúvida sobre a sustentabilidade desta reação, uma vez que está apoiada, sobretudo, nas expectativas, sem alterar significativamente a visão do setor a respeito do cenário atual”, avaliou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em agosto, nove das 13 atividades pesquisadas registraram melhora na confiança. Houve avanço nas expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre o momento atual teve leve retração.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 0,2 ponto, para 70,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 5,7 pontos, para 87,1 pontos. Com a nova elevação das expectativas e a virtual estabilidade na percepção sobre a situação atual, a diferença entre os dois subíndices alcança novo recorde: 16,2 pontos.

A edição de agosto da sondagem coletou informações de 1.987 empresas entre os dias 2 e 24.

Influência das Olimpíadas

A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro parece ter influenciado a melhora na confiança do setor de serviços em agosto, segundo o Ibre/FGV. Embora a Sondagem de Serviços não seja estratificada por regiões, os responsáveis pela pesquisa fizeram um recorte para as empresas atuantes única ou majoritariamente no Estado do Rio de Janeiro.

As informações sugerem que a queda de 0,2 ponto registrada no Índice de Situação Atual (ISA-S) em nível nacional teria sido amortecida por uma alta de 5,0 pontos do indicador nesta Unidade da Federação.

“Ressalve-se que, além de reduzir o grau de confiabilidade da abordagem regional, o desenho amostral da pesquisa dificulta a quantificação do impacto desta diferença entre os diferentes níveis de agregação. De qualquer forma, o expressivo descolamento – possivelmente influenciado pelo enorme fluxo de visitantes ao Estado fluminense durante os dias dos Jogos Olímpicos de 2016 – sugere que a percepção mais favorável das empresas de Serviços sobre a situação corrente no Rio de Janeiro teria evitado uma queda mais acentuada do ISA-S do Brasil em agosto”, avaliou a FGV, em nota oficial.

O ISA-S diminuiu para 70,9 pontos em agosto, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 5,7 pontos, para 87,1 pontos.

A queda de 1,8 ponto do indicador de satisfação com a situação atual dos negócios, para 70,3 pontos, puxou o ligeiro recuo no ISA-S. Já o indicador de Demanda Atual avançou 1,4 ponto, para 71,4 pontos.

No IE-S, o indicador de tendência dos negócios nos seis meses seguintes avançou 7,2 pontos, para 87,5 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor de serviços ficou em 82,6% em agosto, 0,3 ponto porcentual abaixo do resultado de julho.

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