A CooperGuaru, cooperativa que representa 150 perueiros metropolitanos, é contrária a assinatura de novos contratos com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) como exige o Ministério Público Estadual (MPE). Segundo o presidente Luis Carlos Amorim, a preferência é por manter o contrato atual com o consórcio Internorte, representante das empresas de ônibus.
Os permissionários foram convocados pela EMTU para conhecer os termos do novo contrato em 29 de abril. Segundo o promotor Silvio Antero Marques, da Promotoria de Patrimônio Público e Social da Capital, a concessão de transporte não pode ser intermediada entre consórcios e cooperativas, mas somente entre o poder público e os permissionários.
Desde a semana passada uma carta anônima tem sido entregue a permissionários orientando os perueiros a não assinarem o novo contrato. Uma suposta minuta, com diversos itens que os prejudicam também foi entregue para evitar a assinatura com a EMTU.
Segundo o secretário geral da CooperTriunfo, Eduardo de Lima, que representa perueiros que utilizam microonibus, mas foram proibidos pela Internorte de ter validador, há pessoas interessadas em utilizar os perueiros como massa de manobra. "O preço pago para a Internorte é de R$ 3,5 mil por mês e vai passar para R$ 437 para a EMTU", diz. Amorim diz que o contrato com o consórcio é legal."É um sistema complementar de linhas", conta.
Em nota, o consórcio Internorte afirma que respeita e respeitará o contrato de concessão firmado com o Poder Público e que os contratos assinados entre o consórcio e os perueiros são regulares e obedecem integralmente a legislação vigente.