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Critérios para admissão de novos taxistas ainda seguem sem definição

Passageiros ficam tempo excessivo a espera de táxis nos horários de maior movimento

Passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional de Guarulhos chegam a esperar mais de trinta minutos para poderem utilizar um táxi em horários de pico. Enquanto isso, mais de 100 taxistas atuam como agregados da Guarucoop (cooperativa que administra os táxis do aeroporto) e esperam a abertura de novas vagas no Aeroporto para trabalharem definitivamente no local.

Segundo o Departamento de Transportes, órgão ligado à Secretaria de Transportes e Trânsito (STT), a cidade ganhará 171 novas vagas de táxis, após aprovação da Câmara Municipal no ano passado. Os critérios para preenchimento, no entanto, ainda estão sob análise da STT.

O consultor Paulo Pereira, 47 anos, diz que ficou mais de duas horas a espera de um táxi na segunda-feira, após a Semana Santa. "Estava chegando de uma viagem de negócios. A situação era um caos", conta. Nesta segunda-feira a espera chegou a 50 minutos por conta dos congestionamentos na rodovia Presidente Dutra e da realização da Fórmula Indy em trechos da Marginal Tietê.

De acordo com Edmílson Americano, presidente da Guarucoop e vereador pelo PHS, cerca de 100 taxistas são agregados a frota de 653 táxis nos horários críticos para atender o excesso de demanda, normalmente nas segundas-feiras, entre 7h e 11h, e sextas-feiras, entre 19h e 22h. A expectativa dele é que outros 133 taxistas sejam incluídos na frota do aeroporto até junho, prevendo atender o possível crescimento da superlotação de passageiros em Cumbica nos próximos anos.

Cooperativas negam ter feito acordo com a Guarucoop

Segundo Americano, os taxistas agregados trabalharam de forma fixa em janeiro e feveiro e têm a expectativa de continuarem no aeroporto. Ele nega que tenha favorecido colegas e diz que a seleção foi realizado com acordo das cooperativas Águia Táxi, Líder Táxi Cumbica, Guaru Táxi e TransTáxi. "Foram priorisados quem possuía veícuos Zafira, Doblo e Vectra", diz.

Os presidentes das cooperativas negam que tenham feito acordo com a Guarucoop para cederem taxistas. O presidente da TransTáxi, Washington Pacheco, reclama que há falta de profissionais para as ruas da cidade. "Tem dias que a espera chega a 40 minutos por falta de carros nas ruas", diz. O presidente da Águia Táxi, Jorge Luiz de Oliveira, e um diretor da Líder Táxi Cumbica contaram que a negociação da Guarucoop aconteceu diretamente com os taxistas, sem a anuência deles. O HOJE não localizou representantes Guaru Táxi.

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