O custo de vida das famílias na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) de fevereiro em relação a janeiro registrou alta de 0,91%, puxado pelo crescimento expressivo de 1,02% em fevereiro dos preços dos alimentos e das bebidas, mostra a pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação do grupo de alimentos já registra 12,45%.
A elevação dos preços nos alimentos tem como principal consequência um aumento muito maior do custo de vida para os estratos inferiores. Nos últimos 12 meses, a diferença entre as classes E e A foi de 3,42 pontos porcentuais.
Enquanto isso, o custo das famílias mais pobres subiu 7,31% no período. O impacto maior, no entanto, foi para a classe D, que teve uma elevação do custo de vida de 7,54% no acumulado do ano.
Na avaliação da Federação, em momento de crise, as famílias mais pobres são as que mais gastam com alimentação em proporção à renda que possuem: no acumulado dos últimos 12 meses, o custo de alimentação dos estratos inferiores subiu 7,5 pontos porcentuais a mais do que o dos estratos mais altos.
Além de alimentos e bebidas, os grupos que colaboraram significativamente para puxar a alta do custo de vida das famílias na RMSP, em fevereiro, foram o de educação (2,47%) e o de transportes (1,7%).
<b>Varejo e serviços</b>
O Índice de Preços no Varejo (IPV) também segue inflacionado e, em fevereiro, registrou alta de 1,47%. O grupo mais inflacionado no mês foi o de transportes, com alta de 3,19%, assim como o de alimentos e bebidas, de 1,54%.
Na contramão do custo de vida, os estratos sociais sentiram quase o mesmo peso da inflação do varejo em fevereiro. Na classe E, o aumento dos preços de produtos alimentícios foi de 1,44%, enquanto, para alguém da classe A, foi de 1,45%. A camada mais impactada foi a B, com alta de 1,65%.