Dólar recua em linha com tendência global após rali em Xangai

O dólar segue em baixa no mercado doméstico, acompanhando a tendência global em meio ao apetite por ativos de risco no exterior, após os sinais de retomada mais rápida do que a esperada da economia chinesa.

Antes das vendas no varejo de maio (quarta-feira), além de IPCA-15 de junho e volume de serviços em maio (sexta-feira), o investidor começa a semana analisando as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. O mercado reage bem à sinalização de que o governo prepara "quatro grandes privatizações" em até 90 dias, segundo o ministro, e que o governo está empenhando em fazer a reforma tributária este ano, tendo o apoio da Câmara. Mas aguarda mais informações sobre a intenção de Guedes de tributar dividendos dentro da reforma tributária e também a criação de tributos sobre transações digitais, que ele diz que não é a CPMF.

No radar, nesta segunda-feira, está o depoimento de Fernanda Bolsonaro, esposa do senador Flávio Bolsonaro, ao Ministério Público do Rio de Janeiro, no inquérito que apura um esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio. Flávio deve escolher se vai depor hoje ou na terça-feira.

Na pesquisa Focus, mais cedo, foi mantida a projeção para este ano de IPCA em 1,63%, de Selic em 2,00% (o que implica em mais um corte de 25 pontos-base no juro básico) e projeção para PIB passando de -6,54% para -6,50%. A taxa de câmbio para fim de 2020 segue em R$ 5,20 e, para o fim de 2021, passou de R$ 5,00 para R$ 5,05.

Já o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,33% em junho, depois de uma queda de 0,30% em maio, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Às 9h24, dólar à vista caía a R$ 5,2856. O dólar futuro para agosto recuava 0,56%, a R$ 5,2915.

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