O rombo nas contas externas alcançou US$ 5,736 bilhões em março. O número já leva em conta a nova metodologia do Banco Central para as estatísticas de setor externo. Com as mudanças adotadas pela instituição, a série histórica foi reduzida e há dados disponíveis somente a partir de janeiro de 2014. Anteriormente, as informações iam até 1947. A projeção do BC para o déficit em conta corrente de março era de US$ 5,5 bilhões.
O resultado ficou ligeiramente acima das expectativas colhidas pelo AE Projeções, que iam de déficit de US$ 4,2 bilhões a déficit de US$ 5,7 bilhões (a mediana negativa encontrada foi de US$ 4,9 bilhões). A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 230 bilhões, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 3,862 bilhões. A conta de renda também ficou deficitária em US$ 2,234 bilhões.
No acumulado dos últimos 12 meses até março, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 101,641 bilhões, o que representa 4,54% do Produto Interno Bruto (PIB). No trimestre, o rombo nas contas externas soma US$ 25,394 bilhões.
O documento divulgado hoje é diferente dos anteriores em função da nova metodologia adotada pelo BC e traz 32 quadros, com 35 anexos, sendo cinco tabelas novas (para a conta de capital, câmbio contratado com financeiro detalhado, demonstrativo integrado de posição de investimento internacional, investimento direto no País com distribuição por setor de atividade econômica, e investimento direto com distribuição por país).
Na conta financeira, o BC introduziu uma mudança de sinal que reflete a posição do estoque. Na conta de transações correntes e de capital não há mudanças de sinais, mas de nomenclaturas.