O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), sancionou os projetos que reajustam os próprios vencimentos e também os do vice-governador José Paulo Cairolli (PSD), secretários, deputados estaduais, magistrados e integrantes do Ministério Público. Os aumentos variam de 26% a 64%. Os valores passam de R$ 17,3 mil para R$ 25,3 mil mensais para o chefe do Executivo, de R$ 20,0 mil para 25,3 mil para os parlamentares, e de R$ 11,5 mil para R$ 18,9 mil para o vice-governador e secretários de Estado.
A decisão de Sartori, publicada nesta sexta-feira, 16, no Diário Oficial do Estado, provocou polêmica nas redes sociais. A maioria dos internautas criticou a medida por entender que ela contraria o discurso de austeridade feito pelo governador durante a campanha e logo depois da posse. Antes de sancionar os aumentos, Sartori havia decretado, no dia 5 de janeiro, uma série de medidas de contenção de gastos, como limitação do uso de diárias e passagens aéreas e suspensão por seis meses de locação de bens e imóveis, contratações, processos seletivos e nomeação de concursados.
Diante da repercussão negativa, o Palácio Piratini emitiu nota explicando que o projeto de aumento tem origem na Assembleia Legislativa e foi aprovado por todos os deputados, de todos os partidos, no período anterior ao do governo atual. Também destacou que o reajuste é feito de quatro em quatro anos e que, no caso do governador e do vice-governador, “houve apenas uma atualização com base na inflação”. A taxa corresponde à atualização de oito anos porque o antecessor de Sartori, Tarso Genro (PT), pediu que a Assembleia Legislativa não tratasse do assunto quando assumiu, em 2011, e governou sem aumentos.