O “Desafio da Baleia Azul” – um jogo virtual praticado por adolescentes, que tem como meta o suicídio – tem preocupado pais por todo o país. Apesar de não existir confirmação sobre mortes que ainda estão sob investigação, especialistas alertam para as mudanças de comportamento e publicações em redes sociais que podem revelar indícios de depressão ou o envolvimento do adolescente com o desafio.No Estado, as escolas estão em alerta.
Em Guarulhos nenhum caso de suicídio está sendo vinculado ao desafio, segundo informa a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo. No estado até o início desta segunda-feira (24) também não houve confirmação de ocorrência desta natureza.
Mesmo assim, o tema merece atenção. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, responsável pelas turmas de alunos na faixa etária entre 12 e 14 anos, relacionada nas investigações como sendo os principais participantes do desafio, informou ao GuarulhosWeb que o tema deve ser abordado em sala de aula através de debates e projetos que devem envolver além dos alunos, pais, professores e comunidade. Os grêmios estudantis também devem ser convocados para auxiliar no projeto.
A Secretaria esclareceu ainda que devem ser realizadas “orientações com relação ao uso de jogos em redes sociais, acompanhamento de comportamentos novos ou estranhos, excesso de atenção nas redes”.
Entenda o Desafio da Baleia Azul
As autoridades já conseguiram identificar que o “Desafio da Baleia Azul” consiste em 50 etapas que o participante deve cumprir até que cometa o suicídio. Entre os tópicos estão a automutilação e o isolamento. Tudo é acompanhando por um “curador”.
No Brasil o caso de uma adolescente, que teria se atirado em um rio, no Mato Grosso, foi o primeiro a ser relatado como sendo provocado pelo desafio. Outros casos chegaram a ser relatados também no Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.
Os adolescentes envolvidos no desafio poderiam indicar através de publicações em redes sociais e comportamentos diários que estariam envolvidos, isso porque o “Desafio da Baleia Azul”, além de provocar marcas físicas, estaria ligado a depressão, doença que provoca mudanças na rotina.
A Secretaria de Educação informou ainda que “mais de 5 mil escolas do Estado de São Paulo fazem parte de uma rede de proteção por meio da qual são estabelecidas parcerias com os Centros de Atenção Psicossocial, Postos de Saúde e outros órgãos de atendimento para encaminhamento de estudantes, mediante necessidade”.