O dólar volta a operar em alta firme no mercado local, sustentado pela valorização dos ativos norte-americanos na manhã desta terça-feira, 15, com destaque para o juro da T-Note 10 anos novamente acima do patamar de 3% ao ano.
Os juros dos Treasuries avançam antes de um importante leilão do Tesouro de US$ 45 bilhões em notas de quatro semanas e do dado de vendas no varejo nos EUA (9h30 de Brasília), que poderá fornecer informações a respeito da inflação. Contribui também para a força do dólar, o enfraquecimento do euro depois da divulgação do PIB anual da Alemanha abaixo do esperado e produção industrial mais fraca na zona do euro.
Um operador do mercado de câmbio disse que a perspectiva de estreitamente crescente do diferencial de juro interno e nos EUA desestimula o “carry trade” com o real e ajuda a reduzir o custo de operações de hedge cambial, nutrindo a demanda defensiva no mercado futuro de dólar.
A perspectiva majoritária de economistas do mercado é de um novo corte da taxa Selic nesta quarta-feira, 16, de 0,25 ponto para 6,25% ao ano, e de alta do juro pelo Federal Reserve em junho. Atualmente, os juros dos Fed fundos estão na faixa de 1,50% a 1,75% ao ano.
Mais cedo, o presidente do Fed de Dallas Robert Kaplan disse que será muito difícil chegar a 3% de crescimento nos Estados Unidos e que a “coisa certa” a se fazer é continuar elevando os juros. Sua fala não adicionou pressão, uma vez que a moeda americana já exibia valorização firme antes, embalada pelo persistente juro da T-Note 10 anos acima dos 3% pela manhã.
Às 9h24 desta terça-feira, o dólar à vista subia 0,60%, aos R$ 3,6485. O dólar futuro de junho estava em alta de 0,68%, aos R$ 3,6530. Em Nova York, o dólar subia a 110,01 ienes e o euro caía a US$ 1,1888. O yield da T-Note de 2 anos subia a 2,5518% e o da T-Note de 10 anos avançava a 3,02%.