O dólar abriu a sexta-feira, 22, em alta com ajustes após o feriado de quinta-feira, 21, no Brasil e compras antes do leilão de até US$ 1 bilhão em swap reverso às 9h30, e para proteção, segundo um operador de uma corretora. Também predomina cautela nos mercados internacionais, afirmou, citando preocupações com liquidez na China e a possibilidade de novos estímulos no Japão e também na zona do euro, após o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, admitir ontem essa possibilidade caso “ameaças globais empurrem a recuperação da região pra fora dos trilhos”.
Às 9h12, o dólar à vista subia 1,06%, a R$ 3,5677. O dólar futuro de maio estava em alta de 1,09%, a R$ 3,5775.
O cenário político estará no radar durante a sessão. Os mercados tendem a reagir a eventuais desdobramentos do discurso da presidente Dilma Rousseff na ONU em Nova York na manhã desta sexta. Também estarão atentos às articulações do presidente em exercício, Michel Temer, visando aproximação com o presidente do Senado, Renan Calheiros, definição de um plano de governo e a composição do ministério para o caso de o impeachment ser aprovado pelo Senado.
O Banco Central realiza, das 9h30 às 9h40, mais um leilão de até 20 mil contratos de swap reverso com vencimentos em 1º de agosto de 2016, 1º de setembro de 2016 e 03 de outubro de 2016. O resultado da operação será divulgado a partir das 9h50.
Na quinta-feira, completou um mês que a autoridade monetária retomou essas operações, após três anos sem usar esse instrumento de política cambial. Desde 21 de março a 19 de abril foram ofertados cerca de US$ 46,553 bilhões e vendidos 645.860 contratos (US$ 32,293 bilhões), equivalentes a cerca de 70% do total. No período, houve forte queda das taxas de juros aceitas pelo BC nessas operações à medida que o recuo do dólar se acentuou.