O dólar abriu em queda ante o real nos mercados à vista e futuro nesta terça-feira, 16, em que o Banco Central (BC) retoma o leilão de swap cambial. O petróleo em alta colabora para a apreciação do real, embora a moeda norte-americana esteja em leve perante várias divisas de economias emergentes. Menos de uma hora depois da abertura do mercado, a moeda renovou a cotação mínima em linha com a reação da divisa americana no mundo a dados sobre novas moradias nos EUA.
Às 9h51, a moeda no balcão valia R$ 3,0922 em queda de 0,47%. Perto desse horário, o dólar também perdia força ante o iene, e o euro estava perto da máxima ante a divisa americana após a divulgação do dado de construção de moradias iniciadas, que teve leitura abaixo do estimado por analistas. As construções de moradias iniciadas recuaram 2,6% em abril na comparação mensal nos Estados Unidos, para a taxa anualizada de 1,172 milhão.
No Brasil, a principal influência é a retomada dos leilões de swap cambial tradicional (que equivale à venda de dólares no mercado futuro), segundo analistas e operadores ouvidos pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado).
O leilão de até 8 mil contratos (US$ 400 milhões) tem como objetivo a rolagem de contratos que vencem em 1º de junho de 2017. Nessa data, vencem 88.700 contratos de swap – montante que soma cerca de US$ 4,4 bilhões. Segundo um operador, se mantido esse molde, o BC rolará 100% do estoque de 88,7 mil contratos vencendo ao fim do mês.
A captação externa de US$ 4 bilhões da Petrobras, confirmada pela companhia e antecipada na segunda-feira, 15, à tarde pelo Broadcast, “também ajuda”, segundo a economista da CM Capital Markets, Camila Abdelmalack. Fontes informaram que a demanda total pelos títulos foi de US$ 20 bilhões. Os recursos serão usados liquidar títulos em dólares e em euros que vencem em 2018.