Os números considerados positivos da balança comercial da China, a estabilização do yuan e a recuperação dos preços do petróleo, após a cotação em Nova York atingir na terça-feira, 12, o nível mais baixo desde 2003, impulsionam o apetite por risco na manhã desta quarta-feira, 13. Com isso, o dólar americano sobe ante o euro e o iene, mas recua em relação a várias divisas de países emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real brasileiro.
Às 9h22, o dólar à vista no balcão renovou a mínima, a R$ 4,0040 (-0,98%). O dólar para fevereiro recuava 0,72%, a R$ 4,0230.
No exterior, no mesmo horário acima, o dólar subia a 118,29 ienes, ante 117,66 no fim da tarde de ontem, enquanto o euro recuava a US$ 1,0826, ante US$ 1,0860 no fim da tarde de terça. Além disso, a moeda dos EUA caía ante, por exemplo, o dólar australiano e o canadense, o peso mexicano, o rublo russo, a lira turca e o rand sul-africano.
A China teve superávit comercial de US$ 60,1 bilhões em dezembro, acima das previsões de US$ 53 bilhões. As exportações tiveram queda anual de 1,4%, a sexta seguida, mas bem mais amena do que a baixa estimada pelos analistas, de -8%. Já as importações recuaram 7,6%, quando a projeção era de contração de 11%. As compras chinesas de petróleo bruto registraram avanço de 9,3% em dezembro, enquanto as de minério de ferro cresceram 11% e as de cobre saltaram 26%.
Nesta quarta, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas da China informou que vai adotar um novo mecanismo que suspenderá reajustes dos preços de derivados sempre que as cotações do petróleo recuarem abaixo de US$ 40 por barril, segundo comunicado publicado no site da agência.
A NDRC também limitará ou suspenderá elevações de preços caso as cotação do petróleo ultrapassem US$ 130 por barril. A NDRC também anunciou a redução dos preços no atacado da gasolina, em 140 yuans, para 5.965 yuans por tonelada, e do diesel, em 135 yuans, para 5.020 yuans por tonelada.