A expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) poderá elevar os juros em dezembro e os dados da balança comercial chinesa pressionaram as cotações do dólar nesta segunda-feira, 9. A moeda avançou 0,82%, a R$ 3,7903, depois de oscilar entre a mínima de R$ 3,7792 e a máxima de R$ 3,8063. No mês, a moeda tem baixa de 1,80%, mas, em 2015, sobe 42,55%.
A China anunciou retração de 18,8% das importações em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, queda maior do que a de 15% projetada pelo mercado. Já as exportações cederam 6,9%, ante os 4,1% de baixa previstos, resultando num superávit da balança de US$ 61,64 bilhões, ante projeção de US$ 60,3 bilhões.
Os dados chineses, em especial os de importação, penalizaram as divisas de países exportadores de commodities, como o real. Ao mesmo tempo, investidores mantiveram a busca de dólares em várias praças, ainda influenciados pelos números do payroll divulgados nos EUA na última sexta-feira. O relatório revelou a criação de 271 mil empregos em outubro, bem acima da previsão de 183 mil vagas. Na prática, isso reforçou as apostas de que o Fed poderá subir juros ainda em 2015.
Os dados da balança comercial doméstica não influenciaram nas cotações. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o superávit na primeira semana de novembro foi de apenas US$ 144 milhões. No ano, o superávit acumulado é de US$ 12,389 bilhões.