O dólar terminou a sessão desta terça-feira, 21, em alta, após a pesquisa eleitoral Datafolha, divulgada ontem, ter mostrado vantagem numérica da presidente Dilma Rousseff (PT) em relação a Aécio Neves (PSDB) nas intenções de voto para o segundo turno das eleições.
O dólar chegou a se aproximar dos R$ 2,50 pela manhã, à medida que os investidores reagiam às pesquisas de intenção de voto. No entanto, a moeda perdeu força ao longo do dia, com exportadores aproveitando as cotações mais altas para vender a divisa e especuladores eliminando excessos nas cotações. No fim da sessão, o dólar subiu 0,49%, a R$ 2,4740, no balcão. Perto das 16h30, o volume de negócios somou US$ 1,705 bilhão, sendo US$ 1,617 bilhão em D+2. No mercado futuro, o dólar para novembro era negociado a R$ 2,4830 (+0,34%).
A sondagem Datafolha mostrou Dilma com 52% dos votos válidos, de 49% no levantamento anterior, enquanto Aécio caiu para 48%, de 51%. Em votos totais, Dilma subiu de 43% para 46% e Aécio oscilou de 45% para 43%. Além disso, a taxa de rejeição a Aécio oscilou para cima, de 38% para 40%, enquanto os que afirmaram que não votam em Dilma de jeito nenhum passaram de 42% para 39%. Já na Vox Populi, Dilma aparece com 52% dos votos válidos, de 45% anteriormente, e Aécio com 48%, de 44% antes.
Para a consultoria Tendências, a vantagem da presidente Dilma na mais recente pesquisa Datafolha mostra o peso da avaliação do governo no comportamento eleitoral. “Em boa medida, o crescimento de intenção de voto do PT expressa a maior aprovação que a sociedade dá à atual administração”, destaca a empresa. Além disso, segundo a consultoria, a campanha trouxe perda de capital político para a oposição. “A disputa permanece aberta, mas os indicadores estruturais são mais favoráveis à campanha governista.”
A alta do dólar no mercado doméstico contrariou a queda registrada pela moeda americana ante outras divisas no exterior, após dados da China mostrarem uma desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre menor que a esperada. A economia chinesa cresceu 7,3% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado. O resultado marcou a menor taxa de expansão do país desde o primeiro trimestre de 2009 e também mostrou desaceleração ante o segundo trimestre, quando a economia avançou a um ritmo anual de 7,5%. Apesar disso, o esfriamento foi menos intenso que o esperado pelos analistas, já que prevalecia a expectativa de avanço de 7,2%.