Economia

Dólar sobe e atinge R$ 3,18 com plano fiscal dos EUA e reformas de Temer no radar

O dólar opera em alta no mercado doméstico, puxado pelo exterior em meio à cautela sobre as reformas do governo Temer. Na manhã desta quarta-feira, 26, o dólar à vista renovou máximas, ultrapassando os R$ 3,180 no balcão, reagindo a um movimento espalhado de valorização da moeda norte-americana no exterior em meio a notícias sobre o plano fiscal dos EUA, disse o operador Cleber Alessie Machado Neto, da Hcommcor corretora.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, confirmou à CNBC que o imposto às empresas será de 15%, comparado aos 35% atuais. Além disso, ele afirmou que a reforma tributária será “o maior corte de impostos da história do país”.

Segundo Machado, a arrecadação de impostos do Brasil em março também pode ter pesado pontualmente, assim como a queda do petróleo.

Internamente, após um mês de tentativas, foi suspensa na terça-feira novamente na Câmara a votação dos destaques do projeto que cria um Regime de Recuperação Fiscal para Estados endividados, depois que o plenário excluiu do texto a contrapartida que previa a elevação da alíquota de Previdência Social dos servidores estaduais para 14%. A previsão é de que a votação seja retomada somente na próxima semana.

Além disso, há incertezas sobre a aprovação da reforma da Previdência na Câmara e os agentes aguardam ainda a votação da reforma Trabalhista no plenário, marcada para esta quarta-feira.

O diretor da Correparti Jefferson Rugik afirma que a alta é conduzida desde cedo pelo exterior, onde o dólar trabalha forte nesta quarta, e amplificada pelas dificuldades que o governo Temer tem em aprovar as importantes reformas estruturais.

Às 9h52, o dólar à vista subia 0,74%, aos R$ 3,1752, após bater máxima aos R$ 3,1812 (+0,91%). O dólar futuro para maio avançava 0,86%, aos R$ 3,1770, após tocar em máxima, aos R$ 3,1830 (+1,05%).

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