O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, disse que vários estímulos que ocorreram neste ano terão efeitos a partir do ano que vem, apesar do fim do auxílio emergencial. "Todas as regiões do Brasil já superaram a atividade de antes da pandemia", afirmou no Bradesco Day, evento que acontece de forma virtual este ano, pelo LinkedIn. Ele frisou, ainda que os serviços devem seguir em recuperação já vista na indústria e o comércio terá um impulso com a chegada da vacina.
Honorato observou que os depósitos nos bancos cresceram R$ 1 trilhão, um indicativo de que o consumo vai chegar. Assim, a expectativa é de quando houver a retirada dos estímulos da economia, com o fim do auxílio, esse dinheiro será sacado e compensará o consumo perdido, ajudando a atenuar um impacto na atividade econômica. "Por isso, teremos uma transição suave, com desaceleração da economia, mas sem recessão, nem sequer parecida com a que vimos neste ano, afirmou.
O economista-chefe do Bradesco disse, contudo, que o risco da segunda onda de covid-19, que já acontece na Europa e nos Estados Unidos, é relevante. No Brasil essa segunda leva de infecção ainda não é clara, mas pode influenciar a atividade em 2021.
Ainda sobre a economia local, a dívida do Brasil, que caminha para atingir 100% do PIB, segundo ele, é manejável, "mas exige manutenção do teto de gastos". Fora isso, ele reiterou que é preciso manter a agenda mínima de reformas estruturantes.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>