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Efetivado, Marcelo Fernandes não perderá emprego se Santos trouxer novo técnico

Marcelo Fernandes, 43 anos, em uma semana passou de discreto auxiliar técnico de Enderson Moreira a treinador do time com melhores números na fase de classificação do Campeonato Paulista, com aval dos veteranos Robinho, Renato, Elano e dos garotos Geuvânio e Gabriel, entre outros. E com a grande vantagem sobre seus companheiros de profissão de não correr o risco de ficar desempregado se o clube resolver futuramente trocar de técnico. Ao ser promovido a treinador do time principal, no meio da tarde desta quinta, Marcelo, como os seus auxiliares Serginho Chulapa e Edinho (filho de Pelé), passou a ter uma gratificação por função. Como auxiliar, seu salário é de aproximadamente R$ 10 mil por mês.

“Se o Santos contratar um novo treinador no futuro, os três vão voltar a fazer parte da comissão técnica do clube e perdem o direito de receber a gratificação”, explicou o presidente Modesto Roma Júnior. O dirigente afirmou que até a decisão de efetivar Marcelo, s dois candidatos ao cargo eram Dorival e Mancini, que estavam em igualdade de condições.

“Não havia nenhum tipo de empecilho. Inclusive assisti ao clássico contra o Palmeiras (na tribuna da presidência na Vila Belmiro) ao lado do empresário (e cunhado) do Dorival (Edson Khodor). Conversei com muita gente e resolvemos atender ao clamor pela efetivação da comissão técnica permanente. Não podemos ser surdos”, explicou Roma Júnior.

Modesto esteve nesta manhã na FPF e em seguida se encontrou com Pelé num evento em São Paulo, mas disse que o Rei não opinou sobre a efetivação de Marcelo, Serginho e Edinho. “Perguntei a ele se preferia Luis Alonso (Lula), que dirigiu o Santos durante 16 anos, ou Antoninho Fernandes (foi grande meia armador, auxiliar de Lula e treinador no fim dos anos 60 do século passado, e dirigiu o Santos na no bi paulista de 68/69) e ele não quis opinar”. O dirigente também disse que não ouviu as entrevistas de Robinho, após a vitória contra o Palmeiras, pedindo a manutenção de Marcelo no cargo. “Mas estive no vestiário e vi o respeito que o grupo tem pelo Marcelo e pelo Sérgio Belarmino (Chulapa)”.

Marcelo está no Santos desde 2011. Nos três primeiros meses era observador de Muricy Ramalho, que tinha sido seu treinador no Náutico, e depois passou a ser o segundo auxiliar do treinador (o primeiro era Tata) e também fez parte das comissões de Claudinei Oliveira, Oswaldo Oliveira e Enderson Moreira. “Aprendi muito com todos eles”, disse.

Ao ser cumprimentado já na madrugada de quinta-feira pela segunda vitória seguida como interino, ele corrigiu que são três jogos invictos, acrescentando que a primeira vitória foi contra o Fluminense, no Campeonato Brasileiro de 2013. “Claudinei foi expulso quando o jogo estava empatado por 0 a 0, e eu era o auxiliar dele e passei a dirigir o time. Vencemos por 1 a 0”. O

Nesta tarde, na sala de entrevistas do CT Rei Pelé, Marcelo ouviu Modesto Roma afirmar, com todas as letras: “Marcelo é sim o novo técnico do Santos. Não estamos mais procurando mais ninguém”. Em seguida, o novo treinador santista falou pela primeira vez como técnico santista. “Tivemos uma conversa muita boa com os integrantes do Comitê de Gestão. Eles disseram que o momento do grupo é muito bom e acharam por bem nos manter nessa missão. Isso só valoriza essa comissão técnica que aqui está. Vamos continuar trabalhando com simplicidade e com muita simplicidade”.

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