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Em protesto por merenda, estudantes ocupam três Etecs

Estudantes de escolas técnicas estaduais de São Paulo (Etecs) ocupam nesta terça-feira, 3, ao menos três unidades na capital paulista contra a falta de merenda. As Etecs São Paulo (Etesp), no Bom Retiro, região central; Paulistano, no Jardim Paulistano, zona norte; e Professor Basilides de Godoy, na Vila Leopoldina, zona oeste, foram tomadas por alunos e tiveram as aulas suspensas.

Já a Etec Santa Ifigênia, na Santa Ifigênia, região central, teve as aulas suspensas por “medida de segurança”, segundo o Centro Paula Souza. Além das Etecs, a sede da autarquia estadual, também na Santa Ifigênia, continua ocupada e os funcionários foram impedidos de entrar para trabalhar.

Em nota, o órgão diz que aguarda uma audiência de conciliação com os alunos para resolver o impasse. Mas destaca que “atividades vitais para a rede de 219 Etecs e 66 Faculdades Tecnologia (Fatecs), onde estudam 285 mil alunos, estão comprometidas”.

Entre os problemas destacados estão a falta de manutenção e o envio de insumos para as 35 Etecs agrícolas administradas pelo Centro Paula Souza, onde estudam e moram estudantes, e dos processos seletivos do segundo semestre para ingresso na rede. Também foram suspensas capacitações de professores e outras importantes atividades pedagógicas e administrativas, de acordo com o órgão.

Escola estadual

Estudantes da Escola Estadual Professor Emygdio de Barros, no Butantã, zona oeste de São Paulo, ocuparam o colégio na manhã desta terça-feira. A unidade teve as atividades suspensas no período da manhã.

O protesto tem razões diversas, segundo os estudantes: falta de professores, fechamento de salas e falta de merenda. “Ocupamos contra o sucateamento da escola pública”, disse uma aluna do 2° ano do ensino médio que não quis se identificar.

A ocupação teve início por volta das 6h50 e é acompanhada por uma viatura da Polícia Militar. De acordo com os policiais, não houve nenhum registro de violência no local.

Até pelo menos as 12 horas, os estudantes discutiam em assembleia se deveriam continuar ou não com a ocupação. Uma representante da escola está no interior do colégio discutindo com os alunos, mas o portão está sendo controlado pelos estudantes e a entrada da imprensa não foi permitida.

É o segundo colégio estadual que tenta reeditar o movimento de ocupações estudantis em São Paulo neste ano. A Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, também na zona oeste, chegou a iniciar uma ocupação no fim de semana, mas não houve adesão e as aulas ocorreram normalmente.

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