Estadão

Em SP, tatuzão volta a escavar túneis da Linha 6-Laranja do Metrô nesta quarta

Sete meses após desmoronamento em uma obra da Linha-6 Laranja do Metrô de São Paulo, as escavações da tuneladora Maria Leopoldina, popularmente conhecida como tatuzão, foram retomadas nesta quarta-feira, 31. O inquérito das causas do incidente segue sem previsão de conclusão. O cronograma de entrega da obra completa foi mantido para o fim de 2025.

O acidente, que abriu uma cratera no canteiro da Marginal do Tietê, ocorreu em 1.º de fevereiro deste ano nas imediações da Ponte do Piqueri, na zona oeste da capital. De acordo com o governo paulista, o problema foi causado pelo rompimento de uma coletora de esgoto. O motivo da ruptura não foi esclarecido. Não houve vítimas.

Segundo o governador e candidato à reeleição Rodrigo Garcia (PSDB), a perfuração em direção à estação São Joaquim, onde haverá uma integração com a Linha 1-Azul, é de dez quilômetros e deve levar de 20 a 24 meses para ser concluída, pois a máquina tuneladora cava em média 12 metros por dia. Ainda neste ano, a outra tuneladora fará o sentido norte da linha até a futura estação Brasilândia, com escavação em rocha.

O equipamento pesa duas mil toneladas e tem 109 metros de extensão, com diâmetro de escavação de 10,6 metros. Possui refeitório, cabine de enfermagem, esteira rolante para a retirada do material escavado, além de cabine de comando e equipamentos auxiliares.

A Linha-6 Laranja do Metrô terá 15,3 km de extensão e é fruto de uma parceria público-privada (PPP) do Estado com a concessionária Linha Universidade. Conectando Brasilândia, na zona norte, até a região da Liberdade, no centro, terá 15 estações. A estimativa é de transportar mais de 600 mil pessoas por dia.

O inquérito para orçar prejuízos e apontar responsável pelo deslizamento ainda não foi concluído e o governador não deu um prazo para que esteja. "Não temos pressa, nós temos é transparência nessa investigação", falou. "A discussão vai ser a responsabilidade entre a Sabesp que fez a estação coletora e entre a concessionária que fez a perfuração, nós temos total interesse de esclarecer isso."

Segundo Garcia, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já fez a reparação dessa estação coletora e a concessionária tem arcado com os valores da reorganização e retomada da obra.

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