Economia

Escritório dos EUA busca investidor para processar CNova

O escritório de advocacia Faruqi & Faruqi, com sede em Nova York, procura investidores com prejuízos acima de US$ 100 mil em papéis da empresa CNova para entrar na ação coletiva aberta contra a companhia no Tribunal de Manhattan e tentar ser o líder do processo, de acordo com comunicado divulgado nesta terça-feira. O prazo para adesão termina dia 21 de março.

O Faruqi & Faruqi se junta a outras firmas de advocacia dos EUA que estão atrás de investidores para entrar no processo da CNova, como o Hagens Berman Sobol Shapiro, o Rosen Law, o Block & Çeviton e o Ryan & Maniskas. No geral, o escritório que tem o investidor líder ganha a maior comissão em uma eventual indenização, por isso a disputa por investidores.

A CNova, empresa de comércio eletrônico do grupo francês Casino, já tem dois processos abertos nos Estados Unidos, ambos no final de janeiro – um pelo escritório Glancy Prongay & Murray, com sede em Los Angeles, e outro pelo Pomerantz, com sede em Nova York, que é a firma de advocacia que é a representante na Corte das ações da Petrobras. A CNova cuida do comércio eletrônico do Ponto Frio, Extra e Casas Bahia.

“Lembramos aos investidores da CNova do prazo de 21 de março para aderir à ação coletiva”, diz comunicado do Faruqi & Faruqi, destacando que depois da revelação de que funcionários de um centro de distribuição da empresa estavam desviando mercadorias dos estoques, as ações da companhia tiveram forte queda. No dia 18 de dezembro, por exemplo, o papel recuou 18% em Nova York.

O objetivo dos dois processos é reclamar perdas provocadas aos investidores da CNova por conta de “má gestão” e publicação de “comunicados falsos e enganosos”. A empresa está fazendo investigação sobre o caso e estimou redução de R$ 110 milhões das vendas no quarto trimestre de 2015. A perda era estimada em R$ 60 milhões.

A CNova abriu o capital em novembro de 2014, listando ações na Nasdaq. Nos processos, é acusada de desrespeitar a lei do mercado de capitais dos EUA e de não ter controles internos adequados. Em nota, a empresa afirmou que “acredita que as alegações não têm mérito e que a companhia pretende se defender vigorosamente”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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