Cidades

Estatuto da Igualdade Racial é Pra Valer é tema da Marcha da Consciência Negra

Na quinta-feira (18), às 14h30, no Centro de Referência da Cultura Negra e Igualdade Racial Xikelela, mais de 70 pessoas estiveram reunidas, entre sociedade civil e representantes do Compir (Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial), para definir os detalhes da Marcha da Consciência Negra deste ano. O tema definido para 2012 é “Estatuto da Igualdade Racial é Pra Valer!”. O intuito é divulgar o próprio regulamento, aprovado pela Lei 12.288/10, para que sua implementação seja cada vez mais respeitada.  

 O evento, organizado pela Coordenadoria da Igualdade Racial (CIR), faz parte do movimento Novembro Negro e é realizado no dia 20, em alusão à morte do mártir Zumbi dos Palmares. Entre os assuntos discutidos na reunião, estava identidade visual, caracterização, ordem de apresentação dos grupos culturais, trajeto percorrido e pontos de parada.  

Os presentes foram divididos em cinco subgrupos: infraestrutura, mobilização, comunicação, criação, recursos e harmonia. Além da Marcha, ocorrerão 48 oficinas realizadas com recursos da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), entre a última semana de outubro e a última semana de dezembro. São elas: colares e brincos afros, biscuit de temática negra, dança afro, penteado afro, arte em tela, teatro da juventude, teatro para crianças e bonecas de pano para crianças. Os cursos ocorrerão nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social) e em organizações da sociedade civil. O calendário ainda está em elaboração.  

A concentração da Marcha da Consciência Negra será feita na Praça dos Estudantes, Centro, a partir das 8h30 e o percurso ainda será definido pelos organizadores. A coordenadora da CIR, Edna Roland, lembra que, apesar do nome da Marcha, todas as minorias devem ser lembradas. “O Estatuto da Igualdade Racial foi deturpado e modificado, mas ele está aí para que façamos uso dele. Precisamos nos unir, pois existem segmentos que ainda não tem esse tipo de respaldo, como os índios e os ciganos”, disse.

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