Evento no Amapá não impede avanço da privatização, diz presidente da Eletrobras

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, disse que o incidente que deixou parte do Amapá sem Luz não deve interromper o processo de privatização da estatal, e que o governo deve retomar a privatização já no início de 2021.

Segundo o executivo, é natural que neste momento o desabastecimento de um Estado alimente o discurso de grupos contrários à venda do controle da Eletrobras pela União, mas ele acredita que na medida em que as causas do problema sejam esclarecidas, a tendência e que essa discussão arrefeça.

"Entendo que existe, nesse momento, a exploração desse assunto, mas o próprio investimento daquela linha, a Eletrobras não conseguiu participar e ganhar", comentou.

O presidente da Eletrobras também afirmou que a maior parte dos investimentos em infraestrutura são privados, e que o governo quer aproveitar que hoje existe uma disponibilidade de capital no mundo interessado em buscar projetos que tenham taxas de retorno maiores do que outros investimentos. "Não há nenhum tema maior no governo do que a privatização", afirmou.

Ferreira também disse que neste ano os debates sobre a privatização foram atropelados por outras discussões, como orçamento e eleições municipais, mas devem ser retomados já no início do ano que vem.

"O plano era ter a retomada ainda em 2020, mas com as discussões de questões ligadas ao orçamento e eleições, a gente terá retomada da privatização da Eletrobras entrando esse ano".

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