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Ex-executivo diz que CGU foi negligente com denúncia, afirma deputado

O vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), exaltou o conteúdo do depoimento do ex-executivo da SBM Offshore Jonathan David Taylor, realizado nesta terça-feira, 19. Taylor falou a uma comitiva sobre o suposto esquema de corrupção que envolve a empresa holandesa e a estatal brasileira. De acordo com um dos parlamentares presentes, o ex-executivo afirmou que a Controladoria-Geral da União (CGU) foi “negligente” ao não apurar imediatamente as denúncias de pagamento de propina a funcionários da Petrobras.

“Superou em muito a expectativa dos deputados, principalmente a documentação apresentada”, disse Imbassahy. Taylor falou por duas horas aos deputados em uma sessão fechada à imprensa e apresentou “farta documentação”, disse o parlamentar tucano que falou rapidamente com os jornalistas durante intervalo após a primeira parte da sessão. A oitiva, acompanhada por oito integrantes da comissão, ocorre em um hotel nos arredores de Londres.

Entre os papéis apresentados, estão mais de 200 e-mails, muitos deles sigilosos enviados à Petrobras, e também gravações de conversas com pessoas relacionadas ao esquema de corrupção.

Segundo o vice-presidente da CPI, parte dos documentos foi obtida quando Taylor fazia parte de uma comissão de auditoria interna da empresa holandesa que fornece navios-sonda para exploração de petróleo à estatal.

O deputado Efraim Filho (DEM-PB) disse ainda que o depoimento do ex-executivo da SBM Offshore dá subsídios à CPI para questionar o trabalho da Controladoria-Geral da União (CGU). Taylor disse recentemente ao jornal Folha de S.Paulo que a CGU recebeu, antes do primeiro turno das eleições presidenciais, provas de que a SBM Offshore pagou propina para fazer fechar contratos com a Petrobras, mas só abriu processo após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

“O depoimento nos dá subsídio para cobrar o trabalho da CGU. Ele alega que a CGU foi negligente”, disse Efraim Filho. Segundo o parlamentar, Taylor decidira guardar os documentos nos últimos anos para “defesa e contribuição com as autoridades”.

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