Opinião

Faltam ações efetivas no trânsito

A morte de mais uma pedestre no trânsito de Guarulhos, na última terça-feira,  na avenida Nossa Senhora Mãe dos Homens, não pode ser encarada apenas como uma fatalidade. Por mais que os depoimentos de testemunhas indiquem que a senhora de  86 anos foi atingida pela roda traseira de um ônibus, após sofrer uma queda quando atravessava a rua fora da faixa de pedestres, as autoridades precisam buscar soluções para evitar este tipo de ocorrência, cada vez mais comum em nossa cidade.


Só neste mês, apenas nas reportagens flagradas pelo HOJE – sem contar os casos que não foram para as páginas dos jornais – foram três casos mais graves, que culminaram com duas mortes. Dois atropelamentos, inclusive, ocorreram no mesmo local, na avenida Tiradentes, próximo a Paulo Faccini, que já mereceu na semana passada outro Editorial neste mesmo espaço, já que aqueles casos seriam evitáveis a partir da colocação de barreiras no canteiro central, além de um novo semáforo para pedestres próximo aos pontos de ônibus.


No caso da Mãe dos Homens, o atropelamento ocorreu bem próximo a um farol, instalado exatamente para facilitar a travessia de pedestres na esquina com a avenida Esperança. Nesse sentido, a única forma de ter evitado mais essa morte seria a educação no trânsito, algo que está muito distante da população guarulhense.


Não há dúvidas de que no duelo entre o homem e a máquna, o ser humano acaba levando a pior. Tanto é assim que, conforme dados da Polícia Rodoviária Federal, publicados recentemente pelo HOJE, o índice de mortes de pedestres no trecho guarulhense da rodovia Presidente Dutra é muito maior do que de motoristas ou ocupantes dos veículos.


Não se pode apenas atribuir a condutores, que infringem as leis de trânsito, toda essa “tragédia”. Da mesma forma, as autoridades não podem se esconder atrás de ações burocráticas, como se estivessem cumprindo sua parte. Os casos sucessivos de acidentes merecem ser estudados, a fim de que soluções sejam implementadas, para que as últimas mortes não se transformem apenas em somente alguns números nas estatísticas. 

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